I SÉRIE — NÚMERO 78
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O Sr. Hugo Martins de Carvalho (PSD): — Tiveram de vos obrigar a apoiar!!
O Sr. Ricardo Leão (PS): — … as linhas de crédito disponibilizadas — eu sei que custa ouvir, mas oiçam —, as moratórias das rendas comerciais, um conjunto de apoios de forma a minimizar o efeito devastador desta
crise pandémica.
O sucesso que se está a verificar no atual processo de vacinação permite-nos hoje olhar para o futuro com
maior otimismo, otimismo esse que há uns meses muitos duvidariam ser possível. Um otimismo refletido também
na recente apresentação do Boletim Económico, de junho, do Banco de Portugal, que revê em alta as projeções
para a economia portuguesa até 2023,…
A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — Bem lembrado!
O Sr. Ricardo Leão (PS): — … e ainda a previsão da OCDE, apresentada recentemente, que está em linha com aquilo que é projetado pelo Governo.
Nesta fase de desconfinamento e de retoma de alguma normalidade, as nossas pequenas e médias
empresas, que representam a maioria do tecido económico nacional, enfrentam novos desafios e novas
oportunidades.
Assim, foi implementado, e bem, pelo Governo, um conjunto de apoios à economia, no âmbito do plano de
desconfinamento, nomeadamente pela reabertura progressiva e retoma gradual, com o intuito de reforçar os
apoios à liquidez das empresas. Foram, assim, publicadas, recentemente, as regras do novo incentivo à
normalização e do apoio simplificado para microempresas.
A recapitalização das empresas é uma das prioridades do PRR e também do PT 2030, diretamente orientada
para as empresas como forma de potenciar o desenvolvimento e o crescimento das nossas micro, pequenas e
médias empresas, assim como a sua capacidade de inovação e de internacionalização.
São, assim — ao contrário do que muitos esperariam —, boas notícias, em particular para as micro e
pequenas empresas, tão determinantes para a realidade do contexto global do nosso tecido económico.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Bruno Aragão.
O Sr. Bruno Aragão (PS): — Sr. Presidente, permita-me que comece a minha intervenção dizendo que o Sr. Deputado Cristóvão Norte, do PSD, acha que a escolha democrática dos portugueses é um sintoma da sua
dormência, o que mostra, de facto, o estado comatoso em que está a oposição.
Aplausos do PS.
Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: O debate sobre a competitividade é
bastante mais facilitador, sabendo que nos últimos anos fizemos uma aposta clara na qualificação das pessoas
e na capacidade de inovação da nossa economia.
Não deixa de ser curioso que muitos Srs. Deputados gostem de falar da geração mais bem preparada de
sempre, sem nunca terem parado para pensar que políticas públicas prepararam essa geração.
É, de facto, mais facilitador, sabendo que temos hoje mais estudantes no ensino superior e, pela primeira
vez, 50% das pessoas com 20 anos a frequentar este nível de ensino.
A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — Muito bem!
O Sr. Bruno Aragão (PS): — É mais facilitador, sabendo que hoje temos mais investimento público e que a Fundação para a Ciência e Tecnologia atingiu níveis máximos de investimento.
É bastante mais facilitador, sabendo que o investimento público alavancou o investimento privado, que atingiu
níveis máximos.