I SÉRIE — NÚMERO 26
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n.º 548/XIV/2.ª (PS) — Harmoniza a lei eleitoral para o Parlamento Europeu com as disposições em vigor na
ordem jurídica portuguesa sobre perda de mandato de titulares de cargos eletivos.
Submetida à votação, foi aprovada por unanimidade, registando-se a ausência do CH.
Vamos passar à próxima votação, que será eletrónica. Peço aos serviços para preparem esta mesma
votação.
Pausa.
Vamos então proceder à votação final global do texto final, apresentado pela Comissão de Assuntos
Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, relativo ao Projeto de Lei n.º 548/XIV/2.ª (PS).
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade, registando-se a ausência do CH.
Srs. Deputados, estão em aprovação os Diários n.os 77 a 80, respeitantes às reuniões plenárias da 2.ª Sessão
Legislativa da presente Legislatura, realizadas nos dias 16, 17, 18 e 23 de junho de 2021.
Srs. Deputados, vamos votá-los.
Submetidos à votação, foram aprovados por unanimidade, registando-se a ausência do CH.
Prosseguimos com as declarações de voto orais entretanto anunciadas.
Já pedi ao Sr. Vice-Presidente Fernando Negrão para me substituir, porque tenho uma reunião agora com o
Infarmed.
Faça favor, Sr. Vice-Presidente. Agradeço muito a sua prestimosa cooperação.
Entretanto, reassumiu a presidência o Vice-Presidente Fernando Negrão.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, reorganizemo-nos para as declarações de voto orais. Tanto o Sr. Deputado António Filipe como o Sr. Deputado José Manuel Pureza farão as suas declarações
sobre o texto final, apresentado pela Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias,
relativo à Proposta de Lei n.º 111/XIV/2.ª e o texto de substituição, apresentado pela Comissão de Assuntos
Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, relativo à Proposta de Lei n.º 90/XIV/2.ª
Começo por dar a palavra ao Sr. Deputado António Filipe.
Faça favor, Sr. Deputado.
O Sr. António Filipe (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: O Grupo Parlamentar do PCP votou contra, em votação final global, o texto de substituição apresentado pelo Grupo Parlamentar do PS relativo à proposta
de lei do Governo sobre videovigilância.
Esta proposta de lei, apresentada em termos mediáticos como circunscrita à questão do uso de câmaras
portáteis de uso individual por parte das forças de segurança, vai muito para além dessa questão e visa legitimar
com força de lei um uso quase irrestrito e indiscriminado da videovigilância para múltiplas finalidades e através
de uma multiplicidade de formas.
Apesar de um parecer da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) que formula um juízo
extremamente severo sobre a proposta de lei, do ponto de vista da salvaguarda de direitos fundamentais dos
cidadãos, e que sustenta a inconstitucionalidade de parte significativa das suas disposições, entendeu o Partido
Socialista, com o apoio do PSD e do CDS, forçar à última hora a aprovação de um texto, dito de substituição,
que mantém no essencial as características da proposta inicial do Governo.
O texto aprovado visa legitimar o uso da videovigilância para uma imensidão desproporcionada de finalidades
utilizáveis por múltiplas entidades sem que estejam previstas medidas suficientes de salvaguarda quanto ao seu
uso indevido e, mesmo no que se refere à utilização de câmaras portáteis de uso individual pelas forças de