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I SÉRIE — NÚMERO 67

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Digam isso àqueles que fazem tantos sacrifícios para escolher uma vida que é difícil, mas que é a sua vida

de sonho.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Então, respeite-os!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Digam isso a estes agentes e guardas que, apesar dos sacrifícios que

fazem, conhecem a responsabilidade da farda que usam e sentem-se enlameados por quem a mancha.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Por vocês!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sabemos como nasceu este debate; sabemos que a retórica a que

vem associado não representa a larga maioria dos profissionais das forças de segurança, de quem leva a

sério o juramento que fez; e sabemos também como se sentem incomodados, quando o Chega é o partido de

quem nunca deveria ter usado uma farda.

Aplausos do BE.

Protestos do CH.

O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado tem um pedido de esclarecimento. Para o formular, tem a palavra a

Sr.ª Deputada Isabel Moreira, do PS.

A Sr.ª Isabel Alves Moreira (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Deputado Pedro Filipe

Soares, gostava de saber se me acompanha em algumas considerações a este respeito.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Acompanha, de certeza!

A Sr.ª Isabel Alves Moreira (PS): — Sempre que surge uma notícia relevante que obriga à discussão do

tema que está aqui subjacente, parece que alguns fazem de conta que o tema é novo. Começa tudo como se

fosse o dia um.

Se o tema é o racismo no interior das forças de segurança, é importante fazer, nomeadamente, o que o

Sr. Ministro da Administração Interna fez aqui: falar do Relatório Anual de Monitorização do Plano de

Prevenção de Manifestação de Discriminação nas Forças e Serviços de Segurança, que existe desde 2021, e

não desde 2022, porque o problema é anterior e porque o problema foi identificado.

É também importante falar do apuramento de responsabilidades, daquilo que foi feito na aposta de

formação, porque o problema foi identificado.

Ou seja, parece que, sempre que surge este tema, ou uma notícia — como foi este trabalho extraordinário

do consórcio dos jornalistas, com a ajuda preciosa de agentes de forças de segurança que sabem o que é a

sua farda —, o problema aparece como sendo novo.

Portanto, o discurso inicia-se, para alguns, elogiando imediatamente a instituição toda,…

A Sr.ª Rita Matias (CH): — Não se iniciou agora, vem desde 2019!

A Sr.ª Isabel Alves Moreira (PS): — … omitindo aqueles elementos das forças de segurança, cuja

percentagem, seja ela qual for, é brutal, é perigosa e é assustadora para as pessoas que sabem que precisam

das forças de segurança para a defesa dos seus direitos, liberdades e garantias, e há uma omissão enorme

relativamente ao que aconteceu até aqui.

Mas, quando o tema é a violência doméstica, por exemplo, sublinhamos todos, sem problema nenhum, a

brutalidade do machismo existente na sociedade portuguesa…

Protestos do CH.

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