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I SÉRIE — NÚMERO 2

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O Sr. Miguel Matos (PS): — Dez vezes mais crescimento!

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — E vocês deixaram de falar de crescimento!

O Sr. Bernardo Blanco (IL): — Tomar medidas em Portugal é como tomar uns copos: alguém se vira para o Primeiro-Ministro e diz: «Não quer ir ali à televisão, tomar uns copos? Vamos a isso. E o Sr. Ministro da Saúde

não quer tomar uma medidazinha, mais uma? E a Sr.ª Ministra da Habitação não toma mais uma, já que toma

todas as semanas e não se vê efeito nenhum? Venha tomar mais uma!»

São medidas, medidas e medidas sem resultados, e é por isso que este Governo gasta cada vez mais e faz

cada vez menos, porque todas as medidas tomadas não são a sério e as que são a sério não têm sido tomadas,

porque o Sr. Primeiro-Ministro diz que tem uma profunda aversão a reformas.

O grande inventário das dezenas de milhares de imóveis públicos que o Estado tem e que estão vazios, que

poderiam servir para habitação social, está para fazer há 16 anos, desde 2007.

Quanto aos milhares de casas que iam construir — até 2024 já estava toda a gente com casas, tudo resolvido

—, nada! Quase nem saiu do papel.

Na saúde, até 2017, toda a gente ia ter médico de família. Temos 1,6 milhões de pessoas sem médico de

família, um aumento brutal.

Temos escolas sem professores, creches sem vagas e comboios só os de brincar, porque temos anos e anos

de atrasos nos projetos da ferrovia.

A única coisa que o Governo toma a sério é o bolso dos portugueses. Aí, o Governo é muito bom a tomar:

toma, toma, toma. É escalões de IRS até 50 %, agora até ia ao salário mínimo, praticamente, IVA alto na

gasolina, IVA alto nos combustíveis… Aí, o Governo realmente não falha.

Mas depois não se vê é retorno nenhum, nem ao nível dos serviços públicos nem ao nível do crescimento

económico, onde temos salários, perdoem-me, miseráveis.

Por isso, os portugueses têm, sim, uma decisão a tomar: ou querem mais 28 anos desta governação em que

todas as semanas há pseudo prendas ou promessas que não dão em nada ou querem 28 anos de governação

diferente, com soluções para os problemas e com crescimento a sério.

E este Portugal diferente é impossível com os mesmos políticos e com as mesmas ideias dos últimos 28

anos. Por isso, se há uma medida que os portugueses têm de tomar a sério é mudar este Governo o mais

rapidamente possível, porque Portugal pode ser muito mais do que o poucochinho que tem sido com o PS.

Aplausos da IL.

Protestos do PS.

Entretanto, reassumiu a presidência o Presidente, Augusto Santos Silva.

O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado tem um pedido de esclarecimento do Sr. Deputado Pedro Frazão, do Chega. Embora não tenha tempo para responder, pergunto se o Sr. Deputado Pedro Frazão deseja manter o

pedido de esclarecimento.

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Sim, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: — Faça favor.

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, Sr. Deputado, gostava de falar sobre agricultura.

Pensava que o Sr. Deputado ia falar sobre agricultura hoje, mas chega aqui e, de facto, mais uma vez, a

Iniciativa Liberal acusa o Chega de trazer uma moção de censura infantil, mas existe um setor primário ao qual

os senhores nunca se dirigem.