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I SÉRIE — NÚMERO 6

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Risos do CH. Nada mais estranho, nada mais improvável. Mas, após uma consulta na web, fiquei a saber que a mistura

do laranja com o verde dá uma cor improvável. É verdade, basta verem na net: é o castanho lamacento. Dá que pensar!

Aplausos do CH. Tudo sobre jogos de poder! E é sobre o poder que hoje vos falarei. Decorria o ano de 2012 e o, à data, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, dizia o

seguinte: «A TAP (Transportes Aéreos Portugueses) não deve — não deve! — ser privatizada, mas sim integrada numa grande companhia latino-americana.» Referia-se, então, à LATAM, uma fusão entre uma companhia brasileira e uma companhia chilena.

Entendia António Costa que se devia consolidar um grande hub atlântico, acrescentando que a aquisição da TAP por grupos fora deste eixo seria uma perda irreparável. Na altura, enumerou até a British Airways e a Iberia. Estranhamente, ou não, este ano, António Costa Silva, Ministro da Economia e do Mar, ofereceu a mesma TAP à Iberia. Srs. Deputados, foi a isto que o Partido Socialista nos habituou!

Mas há mais: em junho de 2015, o Secretário-Geral do Partido Socialista, António Costa, candidato às eleições desse mesmo ano, disse aos jornalistas que a TAP estava a ser usada como fator de confrontação política e considerou um escândalo a TAP ter sido vendida por valores inferiores aos praticados no mercado de jogadores de futebol. Sim, foi esta a comparação que fez António Costa: comparou a TAP ao mercado dos jogadores de futebol!

Outra questão que se impõe é: Sr. Primeiro-Ministro, e hoje? E hoje, por quanto vai ser vendida essa TAP? Ainda não sabemos, ainda aqui não nos disse isso.

Aplausos do CH. Mas não fica por aqui. António Costa, em dezembro de 2015, já depois de ter tomado de assalto um lugar

que os portugueses não lhe conferiram, disse, enquanto Primeiro-Ministro, que retomaria o capital da TAP, com ou sem o acordo dos privados. Repito, com ou sem o acordo dos privados, foram estas as palavras do Primeiro-Ministro, António Costa, que ainda acrescentou: «O Estado vai retomar 51 % do capital da TAP.» Estava cumprida a promessa de António Costa à geringonça da extrema-esquerda. Foi esta a promessa que lhes fez e foi esta a única promessa que conseguiu, até hoje, honrar.

Vozes do CH: — Muito bem! O Sr. Filipe Melo (CH): — Em 1 de julho de 2020, António Costa afirma pomposamente: «Hoje é o dia.» «A

TAP está, seguramente, a caminho de ter uma solução estável, que assegure a Portugal a manutenção da sua companhia aérea, fundamental para a nossa continuidade territorial, para a nossa ligação ao mundo, para o desenvolvimento económico do País» — foram estas as palavras do Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Bruno Nunes (CH): — Muito bem! O Sr. Filipe Melo (CH): — Nesse mesmo dia, ainda voltou a ameaçar: «Se necessário for, avançaremos com

um ato de imposição do Estado. Cá estaremos para isso.» Tudo vale, tudo são argumentos para o Estado ficar com a TAP.

E nós perguntamos: e hoje, Sr. Primeiro-Ministro? E hoje, já não é necessário manter uma companhia de bandeira? Já não é necessária a continuidade territorial? Já se esqueceu da nossa ligação ao mundo, da nossa ligação à diáspora?

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!