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12 DE OUTUBRO DE 2023

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O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Rui Tavares. O Sr. Rui Tavares (L): — Sr. Presidente, o Sr. Deputado Francisco César, a quem agradeço, referiu um

elemento muito importante: não há nenhum país no mundo que não tenha o direito à sua defesa; e não há nenhum país no mundo que tenha mais direito à sua defesa ou menos direito à sua defesa do que outros países do mundo.

O direito de defesa de um país tem de ser sempre exercido num quadro de respeito pelo direito internacional, em particular o direito humanitário, com os princípios da proporcionalidade e necessidade, principalmente para se defender de perigos iminentes ou para proteger civis, não para mudar de ares no terreno, o que torna ainda mais difícil a resolução do conflito.

Infelizmente, o que temos visto, de parte a parte, é que os irredentistas de um lado e do outro têm conseguido, pelas suas ações, acabar, sufocar, diminuir o espaço das alternativas seculares, que ainda há umas décadas eram maioritárias na Palestina, e das alternativas do campo da paz, que também foram maioritárias em Israel. E, desde o assassinato de Yitzhak Rabin até tudo o que estamos a ver, o que acontece é que o campo da paz está cada vez mais diminuído.

E aí resta-nos talvez uma esperança. Perante a enormidade daquilo que o campo da guerra propõe, que faz só lembrar o que nos tempos em que o antissemitismo estava mais intenso na Europa, um escritor judeu, Bernard Lazare, perguntava: mas o que propõem vocês, afinal? É o extermínio? Mal sabia ele que, 70 anos depois, seria.

É uma enormidade pensar que milhões de pessoas, de um povo ou de outro, tenham de sair dali. Só se pode conseguir de duas maneiras: ou limpeza étnica ou genocídio. E isso, sendo inadmissível perante os olhos da comunidade internacional, é a única coisa, acho eu, que nos pode colocar perante a realidade de que temos de fomentar o campo da paz e o campo secular, para termos, de facto, uma solução de compromisso. Nunca será perfeita, nunca deixará todos contentes; terá a grande virtude de deixar muitos vivos, que é o que mais nos deve importar agora.

Aplausos do PS. O Sr. Presidente: — Para a leitura do expediente, passo agora a palavra à Sr.ª Deputada Palmeira Maciel. A Sr.ª Secretária (Palmira Maciel): — Sr. Presidente, dou conta da entrada na Mesa, e respetiva admissão,

dos Projetos de Lei n.os 940/XV/2.ª (IL), que baixa à 1.ª Comissão, e 944/XV/2.ª (PCP), que baixa à 5.ª Comissão, e dos Projetos de Resolução n.os 937/XV/2.ª (PCP) e 938/XV/2.ª (CH).

É tudo, Sr. Presidente. O Sr. Presidente: — A próxima sessão plenária é amanhã à tarde, com a seguinte ordem do dia: do primeiro

ponto consta a discussão, na generalidade, dos Projetos de Lei n.os 792/XV/1.ª (IL) — Simplifica eliminando a obrigatoriedade do dístico azul para a circulação na via pública dos veículos elétricos, 808/XV/1.ª (IL) — Simplifica eliminando a obrigatoriedade do pagamento de folhas virtuais do livro de reclamações, 906/XV/2.ª (IL) — Simplifica alargando o prazo de validade do passaporte comum para maiores de 18 anos e acabando com a obrigatoriedade de devolução do passaporte anterior e 918/XV/2.ª (PAN) — Elimina a obrigatoriedade de utilização do dístico de identificação azul para a circulação na via pública dos veículos elétricos, alterando o Decreto-Lei n.º 39/2010, de 26 de abril.

O segundo ponto diz respeito à apreciação, na generalidade, dos Projetos de Lei n.os 878/XV/1.ª (L) — Cria a linha nacional para a prevenção do suicídio e de comportamentos autolesivos e 923/XV/2.ª (BE) — Criação de linha de prevenção do suicídio no Serviço Nacional de Saúde, juntamente com os Projetos de Resolução n.os 350/XV/1.ª (PAN) — Recomenda ao Governo que proceda à aprovação de uma estratégia nacional de prevenção do suicídio ferroviário, 866/XV/1.ª (CH) — Pela prevenção do suicídio jovem, 867/XV/1.ª (CH) — Pela prevenção do suicídio nas forças de segurança e 907/XV/2.ª (BE) — Realização de um novo estudo epidemiológico nacional de saúde mental.