I SÉRIE — NÚMERO 11
80
O Sr. Bruno Nunes (CH): — Manteve este cerco e, ao mesmo tempo, incendiava sedes de partidos de direita espalhados pelo País.
Esses democratas explicaram, na hora, ao que vinham e o que queriam. O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem! O Sr. Bruno Nunes (CH): — Mostraram claramente aquilo que pretendiam, e apelidavam todos de
«fascistas» — era o fascismo do CDS, o fascismo de uma ala importante do PSD, que a norte também era fascista, porque o PS, o PCP e a extrema-esquerda assim consideravam —,…
O Sr. Francisco César (PS): — «Os verdadeiros fascistas somos nós», dizem eles! O Sr. Bruno Nunes (CH): — … era um ataque de extermínio à direita, como hoje querem fazer, de novo. Risos do Deputado do PS Francisco César. Hoje tentam repetir: «Liberdade e democracia». Um ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros disse, a determinada altura, acerca de Otelo Saraiva de Carvalho:
«Uma pessoa a quem devemos a liberdade». Recordo a todos que Otelo era membro das FP-25 (Forças Populares 25 de Abril), organização terrorista, tal como a LUAR (Liga de Unidade e Ação Revolucionária).
Podíamos lembrar Henrique Hipólito, 28 anos, morto com um tiro na cabeça pelas FP-25; José dos Santos, 33 anos, que estava com o seu filho no banco, morto com um tiro na cabeça pelas FP-25 — não estamos a falar da Faixa de Gaza, estamos a falar de Portugal —; Adolfo Dias, 41 anos, uma bomba no carro; Fernando Abreu, Nuno Dionísio, Alexandre Souto, José Manuel Barradas e tantos, mas tantos outros mortos pelas FP-25 e por Otelo, que foi condecorado pelos partidos que VV. Ex.as representam.
Aplausos do CH. Relativizaram, durante estes anos, as FP-25 e a LUAR. O que queriam, e é o sonho escondido, lá no fundo, é o PREC. Continuam com o PREC, está-lhes na
garganta, é uma espinha que não sai dali. O Sr. Francisco César (PS): — Quem não ultrapassou isso percebe-se bem quem foi! O Sr. Bruno Nunes (CH): — Podíamos lembrar Vasco Gonçalves, o famoso militante 239 do Partido
Comunista Português, o tal partido que hoje disse aqui que não recebe lições de liberdade, mas que, ao mesmo tempo, sonha com o regime soviético que tinha as gulag como campos de concentração; o mesmo regime que fez o Holodomor, a grande fome na Ucrânia, que matou milhões de inocentes, mas que hoje não condena, de forma séria, direta, o Hamas.
Basta ver o comunicado de ontem do Partido Comunista, que responsabiliza anos e anos de ocupação e fica mais ou menos, assim e assado, porque não têm coragem de assumir a responsabilidade.
O 25 de Novembro, se não tivesse justificação para estar nas cerimónias oficiais do próximo ano, só pelo facto de ter impedido Vasco Gonçalves e a esquerda de tornar este País a Venezuela da Europa já merecia ser evocado com saudação, foguetes e muita festa.
Aplausos do CH. O mesmo camarada… O Sr. Duarte Alves (PCP): — Camarada?!