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12 DE OUTUBRO DE 2023

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proporcionalidade na resposta, mas também não podemos deixar nunca de referir que o Hamas tem refém uma população que usa como escudo humano.

Vozes do PSD: — É verdade! O Sr. Alexandre Poço (PSD): — E esta é a mais real das verdades! Aplausos do PSD. Portanto, Sr.ª Deputada, registando que, pela primeira vez… ao contrário do PCP, que nem parece que

consegue dizer a palavra «Hamas», pois o Sr. Deputado Bruno Dias, no fim, terminou a dizer que «condenava todo o tipo de violência», registo-o, mas sem conseguir dizer a palavra «Hamas». Não sei porquê! «Ataques terroristas do Hamas contra o Estado de Israel.» Dizer isto não custa assim tanto!

Protestos do Deputado do PCP Bruno Dias. Sr. Deputado, a posição do PSD também é muito clara. O PSD subscreve, até porque já foi Governo várias

vezes na democracia portuguesa, a posição clássica da diplomacia portuguesa: dois Estados, a garantia de autodeterminação para o povo israelita e para o povo palestiniano.

Protestos da Deputada do BE Isabel Pires. Esta é a nossa posição. E sabe qual é que é a forma de resolver? É de conseguirmos e de trabalharmos, na

União Europeia, mas também na região, e por isso posso referir que até sou favorável a que se aumente e intensifique o âmbito dos Acordos de Abraão, para que se possa garantir mais estabilidade naquela região e que se possa voltar ao espírito, por exemplo, dos Acordos de Oslo. Foi possível pôr Yasser Arafat e Yitzhak Rabin a concordarem. Foi possível!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Mas sabe o que dizia o PSD nessa altura? O Sr. Alexandre Poço (PSD): — Portanto, há sempre esperança, Sr. Deputado. E aquilo que lhe posso dizer

é isto: a forma de voltar à paz é que israelitas e palestinianos se sentem à mesa e definam a sua forma de resolver os seus diferendos.

Mas o PSD nunca vai levar lições de humanismo, Sr.as e Srs. Deputados. Aplausos do PSD. O Sr. Presidente: — Para um pedido de esclarecimento em nome do Livre, tem a palavra o Sr. Deputado

Rui Tavares. O Sr. Rui Tavares (L): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Alexandre Poço, daqui a pouco terei mais tempo para

poder falar deste mesmo tema, mas agora tenho apenas um minuto e vou usá-lo para um repto — no qual estou certo que se juntará a mim e, através de si, também toda a Câmara — e para uma pergunta.

Hoje, a Sinagoga do Porto foi vandalizada, por quem acha que, ao fazê-lo, está a defender a causa dos palestinianos. Nada mais errado. Precisamente porque, nós, em Portugal, como foi uma vez dito nesta Casa, recusamos atribuições de culpa coletivas, recusamos qualquer amálgama entre um Estado e uma religião, lançamos este repto de que nos solidarizemos com os nossos concidadãos judeus do Porto, com os frequentadores daquela sinagoga, como o faríamos com os frequentadores da Mesquita de Lisboa ou de qualquer outra parte do País, se fossem também envolvidos numa amálgama de culpa coletiva, e estou certo de que todos se juntam neste apelo e neste repto.

A pergunta tem que ver com a Europa.