I SÉRIE — NÚMERO 15
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já, num futuro próximo, ter graves problemas sistémicos. Mas, pelo menos, o que está aqui é algo que podemos acompanhar.
O Sr. Presidente: — Para uma intervenção em nome do Grupo Parlamentar do PSD, tem, de novo, a
palavra o Sr. Deputado Alexandre Simões. O Sr. Alexandre Simões (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O BES terminou em agosto de
2014 e o BANIF em final de 2015, deixando lesados milhares de clientes que investiram e confiaram nessas entidades bancárias.
Não obstante reuniões, grupos de trabalho e promessas feitas pelo Governo, nomeadamente pelo Primeiro-Ministro, a verdade é que, até à data, pouco ou nada aconteceu. As expectativas foram, entretanto, criadas e, neste momento, muitos há que continuam privados do acesso às suas poupanças. Muitos concidadãos no continente, na Madeira, nos Açores e milhares de emigrantes anseiam por respostas concretas, passam dificuldades e aguardam por uma resposta.
Protestos do Deputado do PS Eurico Brilhante Dias. No caso do BANIF, já lá vão oito anos — o período de duração deste Governo —, e esperamos que seja,
finalmente, este ano que se encontre uma solução justa, que acautele os interesses dos lesados e que permita o acesso às verbas que lhes sejam atribuídas por direito.
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Empurra com a barriga para a frente!… O Sr. Alexandre Simões (PSD): — Parafraseando Edmund Burke, quem não conhece a História está
condenado a repeti-la. E, na verdade, Portugal, na sequência da crise internacional, mas também de más práticas de governação bancária e de falhas na supervisão nacional, assistiu a um colapso de vários bancos, minando a credibilidade no sistema bancário e deixando desesperados milhares de clientes que, de boa-fé, investiram ou confiaram suas poupanças nessas instituições financeiras.
Por tudo isto, principalmente depois de ouvirmos as intervenções do Bloco e do PCP, importa reforçar que é fundamental a integração e o bom funcionamento do sistema financeiro, que são essenciais para garantir a eficácia e a estabilidade de toda a economia e a confiança das nossas empresas e dos aforradores.
A conclusão da União Bancária é, efetivamente, fundamental para alcançar esse objetivo. Tendo em conta o papel fundamental do sistema financeiro e as falhas de mercado que o caracterizam, importa regulá-lo e supervisioná-lo adequadamente.
Este é um objetivo do PSD, proteger os pequenos e médios depositantes e conferir confiança aos cidadãos e investidores no sistema financeiro. É um direito que assiste às empresas e que assiste a todos os portugueses que, dia a dia, dão o seu labor pelo País e que podem e irão continuar a contar com o PSD.
Aplausos do PSD. O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Sim, sim, é o melhor! O Sr. Presidente: — Para uma intervenção em nome do Grupo Parlamentar do PS, tem a palavra o
Sr. Deputado Miguel Iglésias. O Sr. Miguel Iglésias (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Sobre este projeto de resolução
relativamente aos lesados do BES e do BANIF, num assunto tão importante e que marcou tantas famílias portuguesas no continente, nas regiões autónomas e nas nossas comunidades, custa ouvir, por um lado, a demagogia barata do Chega e, por outro, a desfaçatez por parte do PSD.
Protestos do PSD e do CH.