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I SÉRIE — NÚMERO 15

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O Sr. João Dias (PCP): — Quero dizer, ou não é nacional. A banca ou é pública, ou não é nacional! Vozes do CH: — Ah! O Sr. João Dias (PCP): — E querem fazer este debate, ignorando os lucros escandalosos obtidos à custa

do dinheiro de todos nós. Será possível, Srs. Deputados, que as instituições de crédito a operarem em Portugal continuem a cobrar

taxas e comissões a um ritmo imparável? O Sr. Pedro Pinto (CH): — Ó João, onde é que está o projeto do PCP?! O Sr. João Dias (PCP): — É assim que o sistema adquire confiança? O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Isto não é Cuba! O Sr. João Dias (PCP): — E o papel da Caixa Geral de Depósitos, que se tem comportado como um

banco privado, pelos ditames da União Europeia e do Governo? O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Os ditames da União Europeia?! O Sr. João Dias (PCP): — Recordemos a chantagem e os constrangimentos que a União Europeia criou

ao Estado português, quando este quis capitalizar o banco público. Recordemos que o poder de supervisão bancária do Banco de Portugal foi transferido para o Banco Central Europeu, por via do mecanismo único de supervisão.

É assim que um país soberano pode realmente sê-lo? O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Deputado. O Sr. João Dias (PCP): — Termino, Sr. Presidente, com esta frase: para o PCP, o controlo público da

banca e do setor financeiro é a única forma de garantir um pilar central da soberania nacional. Vozes do CH: — Não é nada! O Sr. João Dias (PCP): — Isso exige, no imediato, recusar e romper com as imposições do euro e da

União Europeia, e não o seu aprofundamento. Aplausos do PCP. O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra a Sr.ª Deputada Inês de Sousa Real, do PAN, para uma

intervenção. A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O PS vem hoje propor-nos um

reforço da confiança dos cidadãos na União Bancária e uma maior proteção dos depósitos, mas a parte resolutiva acaba por ser quase uma espécie de discurso de Miss Universo. Trata-se de uma carta de boas intenções que não desagrada a ninguém, mas que também não muda a vida das famílias.

Não podemos deixar de recordar que apresentámos uma iniciativa de defesa dos depósitos das famílias, porque essa é uma grande preocupação que temos. Foi, aliás, para defender os depósitos das famílias que o PAN propôs e conseguiu aprovar que os bancos ficassem proibidos de cobrar às famílias…

Pausa. Eu vejo que o tema entusiasma o Chega, mas se eu puder continuar…