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I SÉRIE — NÚMERO 18

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O que a direita nunca conseguiu perceber foi que aquilo que permitiu à nossa economia ser mais competitiva

e às nossas empresas serem mais produtivas foi a necessidade, e prioridade, de resolvermos o défice estrutural

mais profundo e secular que o País tinha, que era o défice das qualificações.

Um dos fatores fundamentais para a transformação estrutural que se tem verificado na economia portuguesa,

desde 2016, não é só o resultado das boas políticas destes Governos, mas é, desde logo, o bom resultado das

boas políticas do Governo de António Guterres, porque, em 2016, chegaram aos 20 anos a geração que nasceu

no primeiro ano do Governo de António Guterres.

Aplausos do PS.

Protestos da IL.

É essa geração que nos permite, hoje, olhar de 2023 para 2015 e ver o que mudou do ponto de vista das

qualificações. O que mudou foi que, desde 2015 até agora, o abandono escolar precoce caiu para metade: de

mais de 13 % para 6 %.

Protestos do Deputado do CH Pedro dos Santos Frazão.

O que mudou é que a população entre os 25 e os 34 anos que tem o ensino secundário completo passou de

33 %, em 2015, para 17 %, em 2022, e que, na geração dos 20 anos a frequentar o ensino superior, passámos

de 39 %, em 2015, para 52 %, em 2022.

Aplausos do PS.

Protestos do Deputado do CH Pedro Pinto.

Ora, é esta transformação estrutural que faz com que as empresas portuguesas sejam hoje mais produtivas

e com que, no ano passado, pela primeira vez, as exportações tenham representado mais de 50 % do PIB. É

esta transformação que explica que, apesar de termos aumentado o salário mínimo nacional não só em 2016,

mas também em 2017, 2018, 2019, 2020, 2021, 2022, 2023 e de novo em 2024, o diabo não tenha vindo nem

em 2016, nem em ano nenhum.

Aplausos do PS.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Ele anda aí!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Apesar de o salário mínimo já ter tido esta subida, a verdade é que a economia

portuguesa continua a ganhar competitividade.

Enquanto a direita portuguesa continuar sem perceber que a estratégia de desenvolvimento do País tem de

assentar nas qualificações e na inovação como seus grandes motores, nunca perceberá o que é que acontece,

hoje, na economia portuguesa e, sobretudo, qual é o futuro de prosperidade partilhada que estamos a construir

para o futuro.

É precisamente por termos isso em conta que a grande aposta tem de ser, cada vez mais, em incentivarmos

as novas gerações, e fazemo-lo criando as melhores condições possíveis para que se realizem no nosso País.

Risos do Deputado do CH Pedro dos Santos Frazão.

É evidente que o nosso País não é ainda, como será algum dia, um dos países mais desenvolvidos da União

Europeia, e não conseguimos pagar o que as empresas de outros países mais desenvolvidos do que nós estão

a pagar. Mas a verdade é que, nestes anos, desde 2016 até agora, mesmo com a pandemia pelo meio, nós

crescemos, em média, 10 vezes mais ao ano do que tínhamos crescido entre 2000 e 2015.