31 DE OUTUBRO DE 2023
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Aplausos do PS.
O Sr. Hugo Carneiro (PSD): — Isso é só conversa!
O Sr. Joaquim Miranda Sarmento (PSD): — Veja o saldo!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, dou-lhe uma má notícia a si e aproveito para relembrar os
portugueses do seguinte: o Sr. Deputado falou sobre o saldo estrutural. Ora, o défice estrutural que tínhamos
em 2015 era de menos de 2,1. Sabe qual vai ser o saldo estrutural este ano? Zero. Ou seja, é mesmo a
consolidação estrutural das nossas finanças públicas.
Aplausos do PS.
Protestos do Deputado do PSD Joaquim Miranda Sarmento, que voltou a exibir o gráfico intitulado «Saldo
Primário Estrutural % PIB».
Sr. Deputado, o que é bom que os portugueses não esqueçam é o que significa para si a consolidação
estrutural. O que significa para si a consolidação estrutural, como já percebemos, não é mexer na receita, mas
mexer na despesa. Aquilo a que os senhores chamam «consolidação estrutural» é cortar na saúde, é cortar na
educação, é cortar nos salários, é cortar nas pensões.
O Sr. Joaquim Miranda Sarmento (PSD): — Não, não!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Foi aquilo que já fizeram e é aquilo que voltariam a fazer outra vez!
Aplausos do PS.
É por isso que o Sr. Deputado fala em melhoria da gestão do SNS como se fosse uma alternativa ao reforço
do financiamento do SNS.
O Sr. Joaquim Miranda Sarmento (PSD): — Eu não disse isso!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Quando dizemos hoje que a prioridade tem de ser mesmo a melhoria da gestão,
Sr. Deputado, é porque, até este ano, reforçámos em 56 % o orçamento do SNS. E, com o Orçamento para
2024, reforçamos o orçamento do SNS em 72 %, comparando com o orçamento do SNS em 2015.
Aplausos do PS.
Protestos de Deputados do PSD, do CH e da IL.
Foi por isso, Sr. Deputado, que, para ter ganhos de saúde efetivos, aprovámos o Estatuto do Serviço Nacional
de Saúde, criámos a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, estamos a fazer a reforma das unidades
locais de saúde (ULS), estamos a fazer a reforma das unidades de saúde familiar (USF) e estamos a fazer a
reforma da dedicação plena para todos os profissionais de saúde, a começar pelos médicos.
Há algo que nunca me cansarei de repetir, porque sei que o Sr. Deputado tende a escondê-lo. Mas vou
insistir. Não lhe falo dos cuidados de saúde primários, porque me vai dizer que parte das consultas são
telefónicas.
O Sr. Rui Rocha (IL): — É verdade!
O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — E são!