I SÉRIE — NÚMERO 18
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próximo ano variará entre 5,2 % e 6,2 %. Ou seja, todos os anos os pensionistas têm sido aumentados acima
da inflação.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Para um pedido de esclarecimento, em nome da Iniciativa Liberal, tem a palavra o Sr.
Deputado Rui Rocha.
O Sr. Rui Rocha (IL): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Deputados,
este é um mau Orçamento.
Vozes do PS: — Ah!
O Sr. Rui Rocha (IL): — É um mau Orçamento de um mau Governo e de um mau Primeiro-Ministro.
O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — Muito bem!
O Sr. Rui Rocha (IL): — O Sr. Primeiro-Ministro falou aqui há pouco de amores de verão, pois quero dizer-
lhe, Sr. Primeiro-Ministro, que o senhor é uma espécie de hora de inverno, porque está sempre, sempre a atrasar
os ponteiros do desenvolvimento de Portugal.
O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — Muito bem!
O Sr. Rui Rocha (IL): — E há cinco motivos fundamentais para que este seja um mau Orçamento.
Primeiro motivo, primeira razão: o aumento da carga fiscal.
O senhor, aliás, há pouco tempo, foi denunciado pelo Sr. Deputado Pedro Nuno Santos, que disse que o
senhor tinha cometido um erro, vamos chamar-lhe assim, relativamente à privatização da TAP. Veio depois dizer
que se expressou mal, mas essa não foi a única vez, Sr. Primeiro-Ministro, porque também se expressaram mal
o senhor e o Sr. Ministro Fernando Medina no Programa de Estabilidade, porque disseram que a carga fiscal ia
descer em 2024.
E agora cá estamos, perante um Orçamento que sobe a carga fiscal. Portanto, o Sr. Primeiro-Ministro e o Sr.
Ministro Fernando Medina, mais uma vez, expressaram-se mal — passa a ser quase um padrão.
Segundo motivo pelo qual este é um mau Orçamento: aumenta a despesa em percentagem do PIB —
despesa rígida, despesa primária —, que vai condicionar, mais uma vez, o futuro e a liberdade dos portugueses.
O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — Muito bem!
O Sr. Rui Rocha (IL): — Terceiro motivo pelo qual é um mau Orçamento: é um Orçamento que não tem nada
para as empresas.
O Sr. Primeiro-Ministro falou da capitalização. São 180 milhões, Sr. Primeiro-Ministro, a que acrescem mais
umas questões previstas no Orçamento. Vamos dizer que, nesse bolo, estão 300 milhões de euros — vamos
aceitar isso.
Ora bem, Sr. Primeiro-Ministro, na Efacec já deve ter sido enfiado pelo Estado um valor muito próximo deste,
portanto, veja bem a desproporção de tudo isto.
O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — É verdade!
O Sr. Rui Rocha (IL): — No Orçamento, para as empresas, está praticamente o mesmo que os senhores
enfiaram na Efacec!
Aplausos da IL.