31 DE OUTUBRO DE 2023
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O Sr. Carlos Guimarães Pinto (IL): — E nós não somos portugueses?!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Como V. Ex.ª e o Sr. Deputado André Ventura sabem, é evidente que este
Orçamento podia ser diferente.
O Sr. André Ventura (CH): — E o Deputado Pedro Nuno Santos!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Bastava VV. Ex.as estarem no Governo com o PSD para que este Orçamento
fosse diferente: muito mau para Portugal e péssimo para os portugueses.
Aplausos do PS.
Sr. Deputado, não me vou alongar muito, porque vale a pena começar por assentar só em algumas ideias
básicas…
O Sr. Rui Rocha (IL): — Mas convinha responder às perguntas, Sr. Ministro!
O Sr. Primeiro-Ministro: — … em que V. Ex.ª insiste em persistir no erro e que condicionam a utilidade de
qualquer uma das outras perguntas que faça.
Vozes da IL: — Ah!
O Sr. Primeiro-Ministro: — A mais básica de todas é porque é que o País não cresce. Se o Sr. Deputado
dissesse «nós todos temos a vontade de que o País cresça mais», creio que não há ninguém que não pense o
mesmo e devo dizer-lhe que haverá seguramente uma enorme convergência entre si e a Sr.ª Deputada Mariana
Mortágua, que também deseja que o País cresça mais do que aquilo que tem crescido. Todos estamos de
acordo.
O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — A arte da fuga!
O Sr. Primeiro-Ministro: — O que importa ver é o que é que tem acontecido, e o que tem acontecido é o
seguinte: de 2016 para cá, o País cresceu 10 vezes mais do que tinha crescido nos 15 anos anteriores. Ou seja,
entre 2000 e 2015, a média do crescimento do País foi de 0,2 %. A média do crescimento do País, incluindo nos
dois anos dramáticos da pandemia, foi de 2 %, 10 vezes mais do que nos 15 anos anteriores.
Aplausos do PS.
O Sr. Rui Rocha (IL): — E quem é que governou?
O Sr. Carlos Guimarães Pinto (IL): — Foram os marcianos a governar nessa altura?!
O Sr. Primeiro-Ministro: — E o Sr. Deputado diz: «Bom, mas, com os outros países, como é que nos
comparamos?»
O Sr. Rui Rocha (IL): — Não perguntei nada disso!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Já lhe disse: nós reduzimos em 7 pontos percentuais a distância para a
Alemanha, 8 pontos percentuais para a França, 9 pontos percentuais para a Espanha. Ou seja, estamos a
aproximar-nos dos países mais desenvolvidos.
O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — E os países da coesão?