20 DE NOVEMBRO DE 2023
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Quanto à saúde, aparece o Sr. Ministro da Saúde neste Parlamento, mas, à hora em que estamos, temos
urgências encerradas, chefes de equipa demitidos ou demissionários, concursos desertos, mesmo quando têm
vagas para centenas de pessoas. Nem os médicos que os senhores quiseram atrair querem hoje concorrer ao
vosso Serviço Nacional de Saúde!
Se há maior falha, maior vergonha, maior prova de que este Governo tem de ser responsabilizado, é o caos
na saúde, que atinge todos os nossos compatriotas: aqueles que chegam à noite a uma urgência fechada; as
mulheres que querem ter filhos e não têm onde ir; os mais idosos que se veem a morrer em casa, porque os
senhores destruíram tudo o que havia para destruir do Serviço Nacional de Saúde.
Aplausos do CH.
Protestos da Deputada do PS Joana Lima.
Em relação à carga fiscal — como se Mariana Mortágua e Paulo Raimundo não tivessem dado a mão ao PS
no maior aumento da carga fiscal que a nossa história já vislumbrou! —, hoje, em Portugal, Sr. Primeiro-Ministro,
os portugueses pagam mais impostos.
O Sr. Pedro Pinto (CH): — É verdade!
O Sr. André Ventura (CH): — Somos o 9.º País em 38 que paga mais impostos na OCDE. Somos um País
pobre, com pensões baixas, com salários baixos, mas os senhores conseguiram a proeza de nos pôr a pagar
mais impostos do que se paga em países riquíssimos, como os países do norte da Europa.
Claro que a esquerda não gosta de falar disso. Afinal, foram eles — que falam de privilégios, que falam de
empresas —, ao longo das últimas décadas, os primeiros a manter a maior vergonha deste País, que são os
benefícios fiscais dos partidos políticos em Portugal. É a esses, e só a esses, que nós respondemos!
Aplausos do CH.
Não, Sr. Primeiro-Ministro, não podemos ter um País que diz que as empresas não podem ter privilégios,
que as famílias não podem ter privilégios, que ninguém pode ter privilégios, exceto, claro, nós todos que aqui
estamos, exceto a máquina gordurosa e cada vez maior que vai sugando os impostos aos portugueses só para
pagar mais «tachos», só para pagar mais corrupção, só para pagar mais compadrio e só para pagar mais
partidos políticos.
Aplausos do CH.
Essa é a verdade que os portugueses têm de ouvir.
Temos um País com uma educação a dar as últimas, com os professores hoje, em frente à Assembleia da
República, a dizer: «Este Orçamento não! Nós queremos um País diferente!»
Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, com que Orçamento se apresenta aos portugueses, ao fim de oito anos? Se
falharam em todas as áreas, se falharam em todos os desígnios, se falharam em todos os objetivos, como é que
podem olhar para esta Câmara, ou para a câmara que transmite este Plenário para milhares e milhões de
pessoas, e dizer: «Vamos fazer diferente, no futuro!»
Sr. Primeiro-Ministro, provavelmente, nem a sua mãe acredita em si.
Vozes do CH: — Muito bem!
Protestos do PS.
O Sr. André Ventura (CH): — Um País que tem cada vez menos soluções…
Continuação dos protestos do PS.