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I SÉRIE — NÚMERO 24

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diminuindo-se o número de horas totais por semana, manteve-se o número de horas letivas. Na prática, e

considerando até o cada vez maior trabalho burocrático no ensino, os professores foram alvo de um verdadeiro

engano, sendo das poucas classes, senão mesmo a única, que nada beneficiou com a reposição das 35 horas

semanais na função pública.

Um reconhecimento merecido deve resultar também do facto de os ordenados de entrada, e na primeira

metade da carreira, terem sido, praticamente, sempre atualizados abaixo da inflação, desde 2010. Hoje, um

professor com 40 anos terá um ordenado líquido próximo de 1300 €, acumulando cerca de 15 anos de

experiência docente e sendo, portanto, um professor experiente, sénior. É difícil motivar alguém a ser professor

com este cenário.

O problema do ordenado na primeira metade da carreira é tanto mais grave quanto se sabe que em Portugal

há hoje um sério problema de falta de professores. Sou, portanto, da opinião que é necessária uma séria

valorização da carreira de professor, em especial nos ordenados de entrada e na progressão na primeira metade

da carreira.

O reconhecimento e a valorização das funções de professor são vitais para o país. É uma profissão de uma

enorme nobreza e da qual depende a preparação das gerações futuras. Infelizmente, julgo que estamos a fazer

a discussão pelo lado errado.

Nestas condições, assumo que votei favoravelmente esta proposta por disciplina de voto, pois considero que,

sendo vital uma valorização da carreira dos professores, a proposta ora em discussão não garante a equidade

necessária entre os servidores do Estado, nem corrige, em minha opinião, o problema mais crítico da carreira

dos professores, que é a sua atratividade na primeira metade da carreira.

O Deputado do PSD — António Topa Gomes.

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Presenças e faltas dos Deputados à reunião plenária.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO.