I SÉRIE — NÚMERO 24
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Conseguimos aumentar o peso das exportações no PIB para 50 %, um recorde, e entrar num período de
forte crescimento económico.
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Muito bem!
O Sr. Ministro das Finanças: — Conseguimos ultrapassar a fasquia dos cinco milhões de trabalhadores, o
maior nível de emprego de sempre, o que assegura mais um milhão de trabalhadores a contribuir para a
segurança social do que em 2015. E conseguimos que fosse melhor emprego, com a criação de um milhão de
postos de trabalho, de média e alta qualificação, desde 2015.
Aplausos do PS.
Em suma, a estratégia económica da direita, que pensa aumentar a competitividade internacional do País na
base da redução dos custos de produção, sejam salários, encargos sociais ou impostos — uma verdadeira linha
de produção low cost —, foi derrotada.
Aplausos do PS.
A política que aplicamos funciona: mais emprego qualificado; mais rendimentos, mais diálogo social, mais
investimento na inovação empresarial, mais investimento em ciência e tecnologia, mais ambição na conquista
de mercados externos.
Sr.as e Srs. Deputados, nestes oito anos reduzimos o défice e reduzimos a dívida pública, vencendo os
dogmas das oposições. Dogmas da direita, que afirmou durante anos que a redução do défice e da dívida só
poderia ser feita com austeridade sobre salários e pensões e com a diminuição do Estado social. Falharam.
Aplausos do PS.
Falharam. Em 2015, à saída de funções, o Governo PSD/CDS deixou um défice de 4,4 % do PIB, mas,
sobretudo, uma dívida pública de 131,2 %.
Aplausos do PS.
Vencemos os dogmas da esquerda, que permanentemente se opõe à responsabilidade orçamental, como
se poupar juros não significasse mais recursos para o investimento social e como se a cada crise financeira não
ficasse claro que os que mais sofrem são precisamente os mais vulneráveis, os que vivem do seu salário ou da
sua pensão.
De forma consistente, fomos conquistando a credibilidade financeira do País, com orçamentos equilibrados
e dívida em queda. Este percurso, somente interrompido pela pandemia, foi mantido com perseverança e
consistência ao longo dos últimos oito anos.
Aplausos do PS.
Os resultados da boa política estão à vista.
Portugal registará, já em 2023, um nível de dívida pública inferior à Grécia, Itália, Espanha, França e Bélgica,
bem como uma dívida inferior a 100 % do PIB no próximo ano de 2024.
Aplausos do PS.
Menos dívida significa que pagamos menos juros. Só em 2024 pouparemos 1900 milhões de euros face a
um cenário em que o peso da dívida se tivesse mantido nos 112,4 % do PIB de 2022.
O País voltou a estar no grupo das economias com melhores notações de risco, baixando juros para o Estado,
para as empresas e para as famílias.