20 DE NOVEMBRO DE 2023
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Nas circunstâncias mais difíceis, percebe-se melhor a qualidade da liderança. Portugal teve a sorte de o ter
na liderança nos momentos mais duros da pandemia — o evento mais disruptivo das nossas vidas e, podemos
mesmo dizer, do último século.
Esta referência é hoje necessária e justa: na política, como na vida, há valores que nunca são excessivos e
muito menos prescindíveis, e um deles é o da gratidão.
Aplausos do PS, de pé.
Neste momento, os Deputados do CH fizeram um aceno de despedida.
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Adeus, adeus!
O Sr. Filipe Melo (CH): — Vai e não voltes!
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Ó Rui, não bates palmas porquê?!
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Pelo País, pelo PS, muito agradeço o serviço que prestou à
comunidade.
Protestos da Deputada do CH Rita Matias.
No próximo dia 10 de março, os portugueses serão chamados de novo às urnas, apesar da maioria absoluta
que suporta o atual Governo não se ter deslaçado nem desfeito. Aliás, está aqui hoje para votar o Orçamento
do Estado de 2024, garantindo previsibilidade e estabilidade à vida dos portugueses.
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Sim, sim!
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Que ninguém se iluda: o PS confia na democracia, o PS não tem receio
de eleições, o PS confia no juízo das portuguesas e dos portugueses.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, os eleitores estarão confrontados com uma escolha. Ou escolhem o
retrocesso político e social, em que a extrema-direita será o motor e a influência de uma governação que vai
degradar e até desmantelar o Estado social, o Serviço Nacional de Saúde, a escola pública, o sistema de
pensões e o programa de apoios sociais aos mais vulneráveis, que vai congelar carreiras, salários e pensões,
num quadro típico da intervenção da direita portuguesa, sempre que governa.
O Sr. Rui Afonso (CH): — Estão sempre a meter medo às pessoas!
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Ou escolhem prosseguir o caminho que iniciámos em 2015…
O Sr. Filipe Melo (CH): — O do Sócrates?!
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — … para o qual o Orçamento do Estado para 2024 é uma ferramenta
fundamental, para continuarmos a aumentar salários e pensões, a reforçar o Estado social, o SNS e a escola
pública, criando emprego, apoiando empresas e reduzindo impostos sobre o trabalho, mas sempre — sempre!
— sem que ninguém fique para trás, porque essa é mesmo a nossa marca, é a marca do Partido Socialista.
Aplausos do PS.
A nossa convicção é a de que, no próximo dia 10 de março, os portugueses saberão escolher e saberão
quem sempre, perante todas as adversidades, caminhou ao seu lado.