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I SÉRIE — NÚMERO 30

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O Sr. Filipe Melo (CH): — É a nossa sorte. Se ouvir 1 minuto custa, imagina 2 minutos! É um massacre! O Sr. Presidente: — Para responder… O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Bazófia! O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra, logo que seja possível, o Sr. Deputado Rui Rocha. O Sr. Rui Rocha (IL): — Sr. Presidente, antes de mais, não posso deixar de registar que, quando o Sr.

Deputado Rui Tavares fala de mecanismos de mercado, fica muito mais veemente. Portanto, eu espero que continue a falar dessas matérias com o mesmo entusiasmo, porque seria bom sinal para Portugal que mais gente se juntasse a essa visão.

Vou resumir a minha resposta a estas intervenções fazendo um bocadinho de história. Foi aqui dito, numa das intervenções, que este problema acompanha o País e é reconhecido, nomeadamente pelos partidos que têm tido votações mais amplas, historicamente, em Portugal, desde 1991. Srs. Deputados, 1991, de 1991 para cá.

Eu não quero dizer coisas demasiado óbvias, mas estamos em 2023 e o certo é que, todo este tempo decorrido, cá estamos a discutir, a dizer que há boas intenções, que este não é o momento. Mas a verdade é que nunca foi o momento nestes mais de 20 anos. Nunca foi o momento!

Vozes da IL: — Muito bem! Protestos de Deputados do PS e contraprotestos de Deputados da IL. O Sr. Rui Rocha (IL): — Portanto, peço desculpa, mas esse argumento do momento não é procedente. Não

o seria, desde logo, pela questão da história que existe desde que estes temas começaram a ser importantes e nunca houve disponibilidade dos partidos do centro, neste caso do PSD e do PS, para discutir seriamente este problema. Arrastaram sempre os pés.

Ora, nós não podemos conformar-nos com que uma questão desta dimensão demore 20 e tal anos. Bem sei que um aeroporto demora mais, mas o sistema eleitoral é muito importante! Portanto, 20 e tal anos à espera de uma solução parece-nos francamente demasiado.

Depois, também quero fazer um percurso histórico relativamente às propostas e às posições da Iniciativa Liberal nesta matéria. Nós temos, no nosso programa eleitoral, duas coisas, uma para melhorar a representação e outra a responsabilização. Temos círculos uninominais e temos um círculo de compensação.

E, face a todas as posições que, nomeadamente PSD e PS, foram tomando ao longo destes 20 e tal anos, entendemos que não devíamos colocar sobre a mesa, nesta proposta que apresentamos, coisas que seriam mais complicadas. Decidimos focar-nos no mínimo denominador comum, naquilo que, no discurso que foi sendo feito pelo PS e pelo PSD — se não foi feito com hipocrisia —, nos parecia uma questão viável, que era precisamente a discussão de um círculo de compensação.

E quero recordar os Srs. Deputados — porque também se passa tanta coisa na Assembleia da República que não têm obrigação de saber isto tudo — que a nossa primeira intervenção neste Parlamento, nesta Legislatura, em termos de debate parlamentar, foi sobre o círculo de compensação e o sistema eleitoral. A primeira! Está aqui o Deputado Rodrigo Saraiva, que fez essa primeira intervenção quando tivemos a oportunidade de a fazer.

O segundo ponto é que a questão do círculo de compensação, com esta configuração que aqui foi trazida, foi anunciada por nós muito antes de sabermos de tudo aquilo que aconteceu depois, nas últimas semanas. Foi anunciada por nós, se não estou em erro, em abril, nas Jornadas Parlamentares da Iniciativa Liberal, na Madeira.

Protestos do Deputado do CH Pedro Pinto.