O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

22 DE DEZEMBRO DE 2023

77

Risos do PS e do CH.

… e que tem assistido a isto como a única alternativa serena de se apresentar a Portugal, sugere ao Chega

que não abuse da ventura, porque a ventura não dura para sempre; ao Partido Socialista que aproveite o Natal

para oferecer a si próprio um espelho, para ver aquilo que esteve a fazer ao País, ou melhor, que não esteve a

fazer ao País este tempo todo;…

Aplausos do PSD.

… e aos portugueses que vejam no PSD a alternativa de moderação, estabilidade e sensatez que se

apresenta.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para encerrar o debate, tem a palavra o Sr. Deputado André Ventura, do Chega.

O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente de algumas bancadas deste Parlamento, Srs. Deputados:

Começo pelo fim. Claro que o PS sabe bem que o seu principal adversário é o Chega, e sabe bem por uma

razão simples e fácil de perceber. De facto, nos últimos oito anos, o PSD esqueceu-se de fazer a oposição que

o Chega depois teve de fazer. Não fosse assim e o PSD não tinha hoje de anunciar uma coligação com o CDS

para conseguir ter mais votos do que o Chega em Portugal.

Aplausos do CH.

Não fosse assim e o PSD não precisava de estar a chamar todos, o PPM, o CDS, a ver se tem mais um voto

do que esta bancada aqui à direita.

Há sempre uma desculpa para não se fazer nada, e a desculpa deste Parlamento é sempre muito óbvia: não

serve, foi uma cópia, vem atrasado, é demasiado agressivo, é demasiado populista, com o Chega não queremos

fazer nada. Passam as legislaturas e os anos e os portugueses veem o antro de corrupção…

O Sr. Duarte Alves (PCP): — Que vocês querem legalizar!

O Sr. João Dias (PCP): — Olha, caiu o cartão do PSD! Apanha lá o cartão!

O Sr. André Ventura (CH): — … a aumentar cada vez mais, sem conseguir fazer, pelo menos, uma

regulamentação óbvia daquilo que era importante fazer em Portugal.

Há sempre uma desculpa para não o fazer. Pois para nós, desta vez, não houve desculpa. Nós avançámos

e, mesmo sabendo que ficaremos sozinhos no dia 10 de março, teremos os portugueses do nosso lado.

Aplausos do CH.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, o Chega baseou-se no decreto que saiu desta Assembleia da República,

foi vetado pelo Presidente da República e acolheu as sugestões que o Presidente da República aqui fez. Era

uma boa oportunidade para o Parlamento dizer «presente» contra a corrupção, «presente» contra o interesse

instalado, «presente» contra o interesse viciante que destrói a camada democrática e perturba o Estado.

O Tribunal de Contas mostrou-se favorável à proposta que o Chega aqui traz hoje. Mas nada disso conta,

porque ao fim do dia nada interessa para PS, PSD, Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda e PCP. Ao final do dia,

só há um interesse para estes partidos: que tudo fique igual, para que nada mude no combate à corrupção em

Portugal. Nós estamos do outro lado, tudo fazemos para que alguma coisa mude, mesmo que os senhores não

queiram, em Portugal.