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22 DE DEZEMBRO DE 2023

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O Sr. André Ventura (CH): — … que ajudou a legislar e a financiar. Resultado: chumbado pelo PSD, pelo

PS, pelo PCP e pelo Bloco de Esquerda.

Nós não tivemos medo, não foi cinco anos, nem três, nem dois, foi nunca mais! «Nunca mais» é o que nós

temos de dizer, em Portugal, para acabar com o estado de coisas a que chegámos e que levou à demissão de

um Primeiro-Ministro.

Aplausos do CH.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, os casos têm sido muitos, ao longo dos últimos anos. O País chega a estas

eleições de 10 de março com a consciência clara de que o PS falhou ao País, de que o PSD não esteve à altura

do País e de que está desiludido com aquilo que encontra.

No dia 10 de março, não é só uma escolha sobre o que temos de fazer — manter o mesmo partido ou trocar,

para que o rosa seja mais alaranjado ou o laranja seja mais rosado. No dia 10, com o estado de desequilíbrio,

de descredibilização, de promiscuidade a que as instituições chegaram, é mesmo o voto de rutura que é preciso

fazer nestas instituições, porque todos os outros continuam e continuarão a arranjar desculpas para não fazerem

absolutamente nada.

Quando trouxemos este projeto de lei, dissemos: «Bom, aí está um projeto de lei com que poderemos brindar

os portugueses no Natal.» Aí está uma prenda natalícia que podíamos dar aos portugueses que hoje olham para

os políticos e dizem «eles são todos iguais e protegem-se uns aos outros. Governo atrás de Governo, crime

atrás de crime, caso atrás de caso, eles são todos iguais».

Protestos de Deputados do PS e do PSD.

Hoje, podíamos dar essa prenda de Natal, mas PS, PSD, Bloco de Esquerda, PCP, PAN e Livre não querem

dar essa prenda.

O Sr. Duarte Alves (PCP): — Dia 10 levas a prenda!

O Sr. André Ventura (CH): — Porquê? — perguntam os portugueses. Porque é mais fácil manter tudo na

mesma do que dar um voto de mudança a este País.

À medida que a noite cai sobre a nossa democracia, porque ela se degrada a um nível nunca antes visto, à

medida que os portugueses sentem a sua confiança nas instituições democráticas num estado nunca antes

visto, nós continuamos a ter casos como o do antigo Ministro João Leão que financia uma universidade…

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Isso não é verdade! Isso é falso!

O Sr. André Ventura (CH): — … e sai direto para ela, sem que entendamos como é importante fazer essa

mudança.

Continuamos a achar normal que o gabinete de um Primeiro-Ministro tenha dinheiro vivo escondido em caixas

de vinho ou em livros. E olhamos para os portugueses e dizemos: «Está tudo bem, avancemos para o Natal e

demos as boas festas.»

Continuamos a achar normal que um ministro ou secretário de Estado esteja a fazer lobby da energia e, ao

mesmo tempo, esteja no Governo. E dizemos: «Paciência, o Natal está mesmo a chegar, vamos olhar para a

frente e vamos continuar.»

Sr.as e Srs. Deputados, enquanto este País não perceber que precisa de uma rutura e de uma mudança, nós

não daremos um grau de confiança aos nossos concidadãos. E essa confiança não é dada com palavras vãs,

nem com abraços nas costas, nem com alianças espúrias pré-eleitorais; essa confiança é dada com o dizer

«presente» a mudar a lei, é dada com o dizer «presente» e «não» à corrupção, é dada com o dizer «presente»

para mudar a vida dos portugueses.

Do sistema, já sabemos com o que contar. Do Chega, vamos contar a 10 de março.

Aplausos do CH, de pé.