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I SÉRIE — NÚMERO 35

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Protestos do Deputado do PS Eurico Brilhante Dias. É da vossa responsabilidade a degradação da vida das pessoas. Há muitas famílias que já não têm por onde

cortar. Agora, o aumento dos preços de bens e serviços essenciais, depois dos aumentos dos últimos dois anos, só agravará as suas vidas.

E se as propostas do PCP tivessem sido aprovadas, os preços de bens e serviços essenciais não só seriam mais baixos, como o poder de compra dos salários e das pensões teria sido devidamente valorizado. Tudo isto são propostas que foram rejeitadas.

Podemos dar aqui o exemplo do controlo e a redução de preços dos bens alimentares. Entre a defesa dos interesses das populações e das margens de lucro da grande distribuição, que continua a alcançar lucros colossais, qual foi a opção do PS? Qual foi a opção do PSD, da Iniciativa Liberal ou do Chega? Foi defender os lucros da grande distribuição, mesmo que isso significasse mais sacrifícios, como significou para os trabalhadores e para o povo!

Aplausos do PCP. Mas também outras propostas foram rejeitadas, como a redução do IVA da eletricidade e do gás para 6 %,

ou do IVA das telecomunicações para 13 %, a limitação da atualização das rendas nos atuais e nos novos contratos, pôr os lucros da banca a suportar o aumento das taxas de juro.

A verdade é que, responsabilidade da política do PS, mas que nestas circunstâncias, sempre apoiada pelo PSD, pelo CDS, pela Iniciativa Liberal e pelo Chega, são os mesmos de sempre a suportar o aumento do custo de vida, quem trabalha e quem vive do seu trabalho, enquanto os grupos económicos continuam a apropriar-se da riqueza criada pelos trabalhadores.

As crescentes dificuldades da vida das pessoas, já aqui o dissemos, não são uma casualidade, são o resultado desta política de direita. E por isso é que dizemos que basta de injustiças, é hora de mudar de política. Há oportunidade para romper este caminho. Não é no PS, como está à vista, nem é no PSD, no CDS, na Iniciativa Liberal e no Chega que os trabalhadores e os reformados encontram soluções para os seus problemas. O que é preciso é uma política alternativa, patriótica e de esquerda, de valorização do trabalho e dos trabalhadores, das carreiras, das profissões, de valorização dos salários, das pensões, de investimento no Serviço Nacional de Saúde, na escola pública, da garantia do direito à habitação, do combate às injustiças, às desigualdades, do combate à especulação.

Sr.as e Srs. Deputados, se a partir de 2015 foi possível fazer avanços, o que se alterou nessa altura não foi feito pelo Partido Socialista, foi pelas circunstâncias e pela força do PCP.

Aplausos do PCP. O que vieram aqui referir como avanços só foi possível porque o PCP teve força para concretizar, porque da

parte do Partido Socialista nunca houve essa disponibilidade: gratuitidade dos manuais escolares, o passe social. Quantos anos andámos aqui — décadas! — a propor o alargamento do passe e a redução do seu preço, sempre com o voto contra do PS e das demais bancadas que não acompanharam o PCP?

Protestos do Deputado do PS Eurico Brilhante Dias. Mas podemos falar também do aumento extraordinário das pensões. Foi o PCP que colocou na ordem do

dia, como foi o PCP que colocou a gratuitidade das creches,… O Sr. Duarte Alves (PCP): — Exatamente! Protestos do Deputado do PS Eurico Brilhante Dias. A Sr.ª Paula Santos (PCP): — … assim como a reposição dos direitos e dos salários.