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I SÉRIE — NÚMERO 35

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A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Proponha melhor! O Sr. Hugo Carneiro (PSD): — E os senhores omitem que, durante vários anos, deram o vosso apoio à

governação do Partido Socialista e, este pecado capital, vocês deviam ter a humildade de o reconhecer e não reconhecem. É lamentável.

Mas também temos aqui o PS e o Governo descolados da realidade. Tentam desvalorizar os números do empobrecimento e da pobreza. Ignoram, por exemplo, que metade da população tem rendimentos declarados em IRS até 13 500 € por ano. Parece que é muito, mas para quem tem de pagar rendas de casa ou fazer frente ao custo de vida, fazer face às dificuldades que têm na sua vida, facilmente conseguimos concluir que é muito pouco.

Esquecem, por exemplo, que o PSD trouxe também a este Parlamento uma devolução em IRS já em 2022,… O Sr. Paulo Rios de Oliveira (PSD): — Muito bem! O Sr. Hugo Carneiro (PSD): — … que o PS chumbou e o Governo também não disse que era a favor da

proposta do PSD. E o PCP, é curioso notar que também votou contra a proposta do PSD. O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Era o IRC! O Sr. Hugo Carneiro (PSD): — Temos um salário mediano em Portugal que ronda os 1000 €. Ora, se alguém

tiver de arrendar um T1 em Lisboa, por exemplo, pagará facilmente 1200 €, 1300 €. Portanto, esta realidade não existe para o Sr. Ministro da Economia, que falou aqui de os partidos estarem descolados da realidade.

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Foi o que nós dissemos! O Sr. Hugo Carneiro (PSD): — Ignora também os números do INE, que demonstram, na divisão entre os

20 % dos salários mais altos e os 20 % dos salários mais baixos, que há um agravamento desse diferencial. Ignora isso. Ignora que o índice de Gini subiu, o que significa que as desigualdades também subiram no nosso País. Também ignora esse facto.

Vi o esforço da Sr.ª Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social em dizer que o empobrecimento, comparando o risco de pobreza em 2019 e 2022, tinha reduzido; esquece-se é de notar que depois da pandemia, que foi talvez o momento mais difícil que tivemos nos últimos anos,…

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem de concluir. O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Já vai em 2 minutos e 26 segundos! O Sr. Hugo Carneiro (PSD): — … esse empobrecimento aumentou, esse risco de pobreza aumentou. Portanto, para concluir, Sr. Presidente, temos o nivelamento dos salários, todos pela mesma bitola, e temos

este problema dramático do nosso País: a quem trabalha não é garantido que não tem de ser pobre. E isto só se deve ao facto de a política do Governo ser a que foi nos últimos anos.

Aplausos do PSD. O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Pois, é mais fácil cortar nos salários! O Sr. Presidente: — Para uma intervenção em nome do Livre, tem a palavra o Sr. Deputado Rui Tavares. O Sr. Pedro Pinto (CH): — Chegaste agora e vais logo falar! É o trabalho mínimo…! O Sr. Rui Tavares (L): — Sr. Presidente, Caras e Caros Colegas, Sr.as Ministras, Sr. Ministro: Queria começar

por saudar o PCP por agendar este debate. Foram várias as vezes que, durante esta Legislatura cortada a meio