I SÉRIE — NÚMERO 35
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A Sr.ª Rita Matias (CH): — Falou e disse! O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O debate aproxima-se do fim,
temos tido um debate vivo e, hoje, neste momento, podemos dizer que fica clara uma questão essencial — o PCP marcou este debate sobre desigualdades e rendimentos dos trabalhadores e dos pensionistas e fê-lo querendo pontualizar que há uma diferença clara entre o caminho entre 2015 e 2022 e de 2022 a 2024.
Por isso, há que dizer ao PCP, hoje, que o PCP consegue fazer essa separação, consegue dizer, hoje, aqui, aos portugueses que os últimos dois anos têm sido diferentes, sem dizer, claramente, que esta maioria e este Governo que aqui está têm procurado combater a desvalorização dos rendimentos dos portugueses, acima de tudo, porque este Governo esteve perante um facto único que os portugueses também não avaliaram nas eleições em 2022.
Se este Governo, mais do que qualquer outro no passado recente, teve de combater com variáveis macroeconómicas diferentes para proteger o rendimento, em particular dos mais vulneráveis, foi porque na Europa tivemos a agressão da Ucrânia pela Rússia.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — E porque é que alguns ganham tanto com isso? 12 milhões e ainda não chega? O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Por isso, Srs. Deputados, virem aqui dizer que aquilo que aconteceu
na Ucrânia, com uma invasão e uma agressão bárbara da Federação Russa, não teve impacto na vida dos portugueses, e não tornou a vida desta maioria e deste Governo mais difícil, é faltar à realidade, é faltar à verdade, é desviar os portugueses daquilo que aconteceu nos últimos dois anos na Europa…
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Isso nos últimos dois anos, e nos outros? O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — … e que muito impacto tem tido na sua vida. Aplausos do PS. Srs. Deputados, o PCP está hoje na oposição e não faz parte da maioria que apoia o Governo por decisão
própria, primeiro, mas também por decisão dos portugueses. Protestos do Deputado do CH Bruno Nunes. Por isso, é importante sublinhar, Srs. Deputados, que o rendimento dos portugueses, dos mais vulneráveis,
foi protegido. Os rendimentos foram protegidos por este Governo com o aumento do salário mínimo, com o aumento das pensões, com o aumento do abono de família, com o aumento da garantia para a infância.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Olhe que essa soberba não compensa! O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — E, Srs. Deputados, vir aqui hoje dizer aos portugueses que o seu
rendimento está a ser afetado, que o seu poder de compra está a ser afetado e não dizer aos portugueses que o principal culpado vive em Moscovo e que este Governo esteve ao lado dos portugueses para os proteger, é faltar à verdade e é faltar, acima de tudo, ao respeito pelos portugueses.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Veja lá se se quer sentar ali ao fundo! O Sr. Pedro Pinto (CH): — Calma! Quem apoia ditadores são vocês! O Sr. Filipe Melo (CH): — Coreia, China… Queres mais?! Fascistas! Ditadores!