I SÉRIE — NÚMERO 35
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O Sr. Filipe Melo (CH): — A gente fala a partir de março! Vamo-nos rir! A Sr.ª Rita Matias (CH): — O problema é que não foi aquela bancada que ficou a perder; foram os
portugueses, foram os portugueses! Aplausos do CH. Foram os portugueses, com a vossa cegueira ideológica. Por isso, deixo um repto final, não para ninguém aqui sentado nesta Casa, mas acima de tudo para os
portugueses, para os jovens portugueses, num contexto em que o Chega já lidera as intenções de voto nas camadas mais jovens.
Aplausos do CH. Aquilo que peço, por favor, é que acreditem! Acreditem que é possível mudar. Peço o voto de confiança em
quem nunca vos traiu. Risos do PS. Peço o voto de confiança no Chega, que quer efetivamente mudar e erguer Portugal. Acreditem que a mudança é possível, porque, como dizia José Hermano Saraiva, «nós nunca fomos muitos,
mas enquanto soubemos ser todos, fomos sempre os bastantes». É tempo de dizer «chega»! Aplausos do CH, com Deputados de pé. Risos do Deputado do PS Gilberto Anjos. O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Está-se a rir de quê? O Sr. Gilberto Anjos (PS): — Do que ela disse! O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Tenha respeito e vergonha na cara! O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): Zero! O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Zero à esquerda é você! O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, em nome do Grupo Parlamentar do PCP, tem a palavra o Sr.
Deputado Alfredo Maia. O Sr. Alfredo Maia (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr.as Ministras e Sr. Ministro: No momento em
que enfrentamos uma nova escalada dos preços dos bens e serviços essenciais, tornando cada vez mais curto o mês de salário, é fundamental recolocar na ordem do dia o problema da profunda desigualdade na distribuição da riqueza gerada no País.
Enquanto os 5 % mais ricos possuem 42 % da riqueza produzida — naturalmente com esforço e à custa dos trabalhadores, que são quem menos ganha com ela — um quinto dos residentes está em risco de pobreza ou de exclusão social.
Segundo o INE, em 2023, e relativamente a rendimentos de 2022, mais de 2 milhões e 100 mil pessoas encontravam-se em risco de pobreza ou exclusão social, o que representa uma taxa de 20,1 %; e a desigualdade na distribuição dos rendimentos aumentou em 2022, sobretudo comparando a distância entre o rendimento líquido equivalente dos 10 % da população com maiores recursos e os 10 % da população com menores