11 DE JANEIRO DE 2024
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Agora, imagine-se: se o diabo descesse à terra e vocês ganhassem as eleições, como não seria com maioria
absoluta e ficariam menos aqui, mais alguns de vocês tinham de ser colocados em outras empresas. É sempre
esse o processo do Partido Socialista! Vejam as audições da CReSAP aqui dentro.
Continuamos a olhar, e olhamos para quê? Para as empresas em que vocês fizeram intervenção estatal.
Falemos da Parvalorem, que nos fez de parvos a todos, ao comprar os ativos tóxicos do BPN (Banco Português
de Negócios).
Onde é que os senhores querem chegar? Não queriam falar dos CTT; falemos, então, das outras empresas.
Não conseguem explicar. O debate podia já ter acabado há muito tempo, poupávamos as pessoas lá em casa,
que já estariam a ver AsTardes da Júlia com o Sr. Deputado Pedro Nuno Santos. Já estava tudo resolvido.
Protestos do Deputado do BE Pedro Filipe Soares.
A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Marcaram o debate, mas não querem debater!
O Sr. Bruno Nunes (CH): — A extrema-esquerda, em vez de falar de jantares e de vir para aqui com
brincadeiras, chegava aqui e dizia: «Assumimos. Sabíamos. Aprovámos seis Orçamentos do Estado, estivemos
sempre do lado do Partido Socialista, demos a mão e estava tudo tranquilo.»
A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Ó, homem, já dissemos que não!
O Sr. Bruno Nunes (CH): — Depois, vem para aqui um discurso do PCP com citações de músicos brasileiros.
Não cite músicos brasileiros, cite portugueses, para ver a tristeza do que aqui está.
A Sr.ª Fátima Correia Pinto (PS): — Isto é mesmo ditadura!
O Sr. Bruno Nunes (CH): — Não é ditadura. Sabe que ditadura não é termos a capacidade de vos dizer na
cara. Se acham que é ditadura dizer-vos na cara, então estamos muito enganados. A realidade é esta.
Agora, se quer falar de músicos, há muita música que podia ser dada aos senhores. De uma vez por todas,
assumam que conseguiram, ao longo destes últimos anos, injetar milhões — milhões! — de euros, que foram
sempre maus gestores, que fizeram nomeações e criaram portas giratórias através da CReSAP, que as
empresas estão arruinadas e que há alturas, claramente, em que há setor público e há setor privado.
Fica a última pergunta. Não está cá, mas peçam por WhatsApp. Pedro Nuno Santos, no encerramento, dizia
que o setor privado pode investir em Portugal, mas que o setor público deve escolher muito bem os setores que
deve regular e nos quais deve intervir.
Vozes do PS: — Mas o que é que querem fazer?!
O Sr. Bruno Nunes (CH): — Os senhores acham muito bem. Gostávamos é que tornassem público aquilo
que pretendem nacionalizar e onde é que querem limitar a intervenção dos privados.
O Estado deve ser regulador, não deve ser player. Os senhores têm de sair do mercado, porque são maus
gestores, são incompetentes e arruínam o País.
Aplausos do CH.
A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Rios de
Oliveira, do Grupo Parlamentar do PSD.
Pausa.
Estamos aqui a fazer a gestão, para não termos vários oradores do Grupo Parlamentar do Chega seguidos,
por isso é que houve esta pausa.
Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Costa, do Grupo Parlamentar do PS.