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II SÉRIE - NÚMERO 39

dos, como os jovens, as mulheres, os idosos e os deficientes;

f) Adoptar instrumentos normativos que visem

o fomento do «emprego potencial», entendido este como o conjunto de actividades que, embora não remuneradas de imediato, se apresentem como social ou mesmo economicamente necessárias ou, pelo menos, desejáveis;

g) Incrementar a intervenção dos serviços de em-

prego e formação profissional no ajustamento entre a oferta e a procura de emprego, designadamente tendo em vista favorecer a mobilidade geográfica dos activos e a transparência do mercado de emprego;

h) Reforçar a rede de centros de formação pro-

fissional, aos quais será dada uma valência regional, e dar início ao levantamento dos recursos humanos, estruturas e meios técnicos de formação profissional;

/) Reformular os sistemas de informação e orientação profissional, integrando a perspectiva ' do emprego e da educação;

/') Apoiar o lançamento de acções e criação de serviços de formação profissional no interior das empresas, garantindo a articulação com o sistema escolar.

6.4 — Cenários de evolução económica em 1981

Satisfazendo os objectivos económicos atrás indicados, poder-se-ão ensaiar várias hipóteses de projecções macroeconómicas para 1981.

A hipótese que a seguir se apresenta não é mais do que um quadro possível de adaptação à conjuntura envolvente interna e externa, de aproximação aos oitados objectivos e de coerência com o cenário base de médio prazo esboçado no capítulo 3.° Não se trata, pois, de estabelecer neste documento uma quantificação de metas para 1981, tarefa que há-de caber ao Plano propriamente dito, mas sim de dar uma imagem do que poderá ser a evolução da eco-nonia portuguesa no próximo ano.

Nestes termos, as variáveis macroeconómicas mais relevantes poderão ter, em 1981, os seguintes comportamentos previsionais:

a) O produto crescerá 4,8%;

b) O consumo crescerá cerca de 3,51

com o

consumo privado a evoluir a um ritmo aproximadamente duplo do consumo público;

c) O investimento produtivo (FBCF) crescerá

cerca de 10 %, contribuindo o sector privado com +12%, o sector empresarial do Estado com +8% e o sector público administrativo com +9%;

d) As exportações e as importações de bens e

serviços crescerão ao mesmo ritmo de 7 %;

e) O défice da balança de transacções correntes

atingirá 62 mBhões de contos (1.3 biliões de dólares);

f) A inflação evoluirá a uma taxa de 16%,

medida pelo índice de preços no consumidor;

g) O emprego crescerá em cerca de 80 000 postos

de trabalho, o que permitirá reduzir o desemprego em cerca de 50 000 activos.

A ocorrência de um novo choque petrolífero poderá, no entanto, modificar substancialmente aquele cenário base. Assim, um crescimento do preço do petróleo dc 25% em dólares —em vez de 15%, como é pressuposto no cenário base — ocasionará uma perda provável de 3 pontos percentuais nas razões de troca, ou seja. um aumento adicional de 200 mi-thões de dólares no défice da balança de transacções correntes.

Se se quisesse evitar este agravamento do défice, seria indispensável adoptar medidas moderadoras do crescimento da actividade económica, de modo a possibilitar um menor crescimento das importações em termos reais. A procura interna seria assim restringida, o que, inevitavelmente, levaria a pôr em causa o objectivo de crescimento de 10 % para o investimento.

Um outro cenário alternativo para 1981, traduzindo um comportamento menos favorável da procura externa e uma eventual desaceleração do ritmo de crescimento do investimento produtivo, designadamente do sector privado, conduziria aos números seguintes:

a) Produto —3,5%;

b) Consumo privado—+3,0%;

c) Consumo público— +2,0%;

d) Investimento (FBCF)—+8%;

e) Exportações--1-5%;

f) Importações—+4,5%;

g) Défice da balança de transacções correntes —

1,2 biliões de dólares;

h) Inflação — idêntica ao cenário base.

quadro lxiij Despesa interna

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