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II SÉRIE — NÚMERO 103

SECRETARIA DE ESTADO DO COMÉRCIO EXTERNO

INSTITUTO DOS PRODUTOS FLORESTAIS

Ex."10 Sr. Chefe do Gabinete do Sr. Secretário de Estado do Comércio Externo:

Dando cumprimento ao determinado por S. Ex." o Sr. Secretário de Estado do Comércio Externo, no despacho de 23 de Junho próximo passado exarado sobre oficio do Gabinete do Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, que me foi remetido a coberto do memorando 2515, de 3 de Julho de 1986, em que se solicita o esclarecimento de diferentes questões relacionadas com a problemática dos incendios florestais, tenho a honra de informar:

1 — De acordo com elementos fornecidos pela DGF e incluidos no nosso «perfil florestal» (do qual se envia um exemplar), as áreas ardidas anualmente, desde 1968 até 1985, foram as constantes do anexo A.

Note-se que estes valores dizem apenas respeito aos «povoamentos atingidos» '(públicos e privados), não englobando portanto os fogos ocorridos em «zonas sem arborização, mato e pastagem».

2 — Não dispomos de informação sobre as áreas que, tendo sido destruídas pelo fogo, foram posteriormente reflorestadas. Tal matéria é da competência da DGF.

3 — Tanto quanto é do nosso conhecimento, no âmbito do projecto florestal português e no período de 1981 a 1984, inclusive, foram arborizados cerca de 44 000 ha pela DGF e cerca de 34 000 ha pela PORTUCEL, E. P.

O referido projecto previa, para o mesmo período, respectivamente, 72 000 ha e 45 000 ha.

4 — A informação disponível neste Instituto sobre a produção nas indústrias de serração é, habitualmente, semestral.

No anexo B estão indicados, para 1984 (ano para o qual dispomos de informação mensal), os volumes de madeira produzidos pela indústria de serração para construção, caixas e embalagens, paletes e fencing.

A análise do quadro não nos parece indicar qualquer relação de sazonalidade entre o excesso de oferta de madeira «salvada» e a produção de madeira serrada.

Em nossa opinião, os efeitos de sazonalidade eventualmente existentes nesta indústria são, em regra, originados por solicitações do mercado externo.

5 — Não existe, em Portugal, nenhum organismo que disponha de informação sobre a quantidade de material lenhoso que, anualmente, é extraída.

Este facto resulta, em grande parte, da não existência entre nós de uma política de ordenamento florestal ou, no mínimo, de uma lei de cortes.

Esta situação é agravada pelos danos causados pelos fogos florestais, que originam alterações na estrutura dos povoamentos.

A ocorrência, em muitas situações, de cortes antecipados «provocados» directa ou indirectamente pelo ÍOgO (O receio dos proprietários origina que as deci-

soes do corte sejam tomadas no cedo) conduzirão no futuro a deficits de material lenhoso para aproveitamentos mais nobres e pontualmente a excessos de oferta de material lenhoso jovem e de pequenas dimensões.

Com os melhores cumprimentos.

Instituto dos Produtos Florestais, 5 de Setembro de 1986. — O Presidente da Direcção, (Assinatura ilegível.)

Nota. — O documento «perfil florestal» foi entregue à deputada.

ANEXO A Fogos ftorsstslB

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ANEXO B

Produção de madeira serrada de origem nacional

Principais tipos —1984

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