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0003 | II Série A - Número 019 | 23 de Novembro de 2004

 

A organização do documento das GOP 2005 merece, à semelhança dos de anos anteriores, alguns reparos do CES, por assentar numa listagem de políticas, medidas e acções, difícil de analisar, como se pode apreender do respectivo parecer.

III - A situação económica em Portugal em 2004-2005 - o cenário macroeconómico

O cenário macroeconómico previsto nas GOP para 2005 foi definido considerando o enquadramento internacional da economia portuguesa, tendo por base a informação disponível no início de Setembro de 2004, nomeadamente no que respeita às perspectivas para a evolução da economia internacional em 2005.
O ano de 2004 tem assistido a um crescimento da actividade económica nas regiões mais importantes do globo. Para esta tendência continua a ser determinante a dinâmica económica, dos. EUA, assumindo, paulatinamente, a China um cada vez mais relevante papel, impulsionando por meio das importações as restantes economias asiáticas, nomeadamente a da Coreia do Sul e a do Japão.
Desde o dia 1 de Maio de 2004 que a União Europeia passou a incluir mais 10 Estados, passando para os actuais 25 Estados-membros. Os aderentes representam 4,6% do PIB, 16% da população e 15% do emprego; demonstrando baixos níveis de rendimento per capita, correspondentes a cerca de 47% da média dos 15 membros da União Europeia (UE) de 2002. O crescimento das economias da União Europeia deverá continuar a apresentar taxas mais modestas, com particular destaque na zona do Euro. Para os países da UE que não integram o espaço do Euro perspectiva-se um crescimento mais dinâmico da actividade económica, onde pontificam os novos Estados Membros, para os quais se prevê a manutenção de taxas de crescimento relativamente altas.
No próximo ano, a subida do preço do petróleo permanece como um factor específico de risco sobre a actividade económica mundial. Outros factores, de risco revelam-se nos desequilíbrios macroeconómicos decorrentes dos défices da balança corrente e do sector público nos EUA ou na diminuição da confiança dos consumidores, em resultado dos riscos geopolíticos.
As perspectivas referentes à evolução da economia mundial no próximo ano, apontadas pelo Governo, designadamente as que decorrem das previsões das organizações internacionais bem como as reflectidas do comportamento dos indicadores da OCDE e na evolução recente das taxas de juro (spot e forward), sugerem o abrandamento do ritmo de crescimento da economia dos Estados Unidos, prevendo para a União Europeia uma aceleração do ritmo de crescimento económico.
No que respeita a Portugal, as projecções apontam para 2005 um crescimento do PIB da ordem dos 2,4%, correspondendo a um diferencial positivo face ao crescimento esperado para a zona do Euro.
O emprego deverá crescer cerca de 1,2%, possibilitando a redução da taxa de desemprego para 6,1 %.
A taxa de inflação deverá, de acordo com as previsões, situar-se nos 2%, reduzindo em cerca de 0,4 pontos percentuais o valor estabelecido para 2004.
O quadro seguinte permite uma apreciação clara do cenário macroeconómico traçado para o ano de 2005: