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53 | II Série A - Número: 037 | 20 de Janeiro de 2007

Uso do solo e ordenamento agrícola e florestal Evolução da ocupação e uso do solo 91. A análise da evolução da ocupação do solo em Portugal continental baseou-se na informação fornecida pela cartografia CORINE Land Cover de 1990 (CLC90: levantamento de satélite nos anos 1985-87) e de 2000 (CLC2000) (fig. 26).
92. Considerou-se, por um lado, a observação agregada por grandes classes de uso do solo em Portugal continental (Quadro 6) e, por outro, uma interpretação da dinâmica verificada a uma escala mais fina, resultante do cruzamento da escala territorial municipal com o nível de maior detalhe das classes da Nomenclatura CORINE
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Quadro 6 – Ocupação e uso do solo em Portugal continental 1985/87-2000

1985/87 2000 Variação 1985/87-2000 Uso do Solo ha % (a) ha % (b) ha % (b)-(a) Δ %
(b)/(a)
1. Territórios artificializados 169 168 1,9 238 887 2,7 69 719 0,8 41,2 1.1. Tecido urbano 133 736 1,5 175 055 2,0 41 319 0,5 30,9 1.2. Outros 35 432 0,4 63 832 0,7 28 400 0,3 80,2 2. Áreas agrícolas 4 346 877 48,9 4 266 220 48,0 - 80 657 -0,9 -1,9 2.1. Culturas e pastagens 3 060 586 34,4 3 025 778 34,0 - 34 808 -0,4 -1,1 2.2. Agricultura com espaços naturais e sistemas agro-florestais 1 286 291 14,5 1 240 442 13,9 - 45 849 -0,6 -3,6 3. Povoamentos florestais 2 474 134 27,8 2 437 673 27,4 - 36 461 -0,4 -1,5 4. Outros espaços florestais (#) 832 781 9,4 963 290 10,8 130 509 1,4 15,7 5. Matos e pastagens naturais (##) 790 860 8,9 716 723 8,1 - 74 137 -0,8 -9,4 6. Espaços descobertos ou vegetação esparsa 179 229 2,0 164 849 1,9 - 14 380 -0,1 -8,0 7.
Zonas húmidas e massas de água 100 433 1,1 105 847 1,2 5 414 0,1 5,4 Total 8 893 482 100,0 8 893 489 100,0 7 0,0 0,0 Fonte: lculos realizados com base nas tabelas estatísticas publicadas em Mário CAETANO et al. (2005): Alterações da ocupação do uso do lo em Portugal Continental: 1985-2000, IA-UN-IGP.

– Em outros espaços florestais incluem-se: os espaços florestais degradados e áreas ardidas; e as áreas de corte e de novas plantações.
#) – Em matos e pastagens naturais inclui-se também a vegetação esclorofítica (carrascal, esteval, etc.).

93. A análise mais agregada permite caracterizar a repartição da área por grandes classes de uso do solo e a sua evolução no período 1985/87-2000. Assim, no ano 2000, 75,4 % da superfície de Portugal continental era ocupada com áreas agrícolas (48%) e povoamentos florestais (27,4%), tendo ocorrido nos 14 anos antecedentes uma ligeira diminuição do seu peso no total (-1,3%), devido ao decréscimo quer das áreas agrícolas (-1,9%) quer dos povoamentos florestais (-1,5%).
94. Em contrapartida dessa diminuição verificou-se, no mesmo período, um reforço de 1,5% no peso dos outros espaços florestais na área total, imputável no essencial à degradação de áreas florestais devida ao abandono e aos incêndios florestais. 2 A interpretação da dinâmica verificada a uma escala mais fina baseou-se em resultados de investigação coordenada pela Profª. Doutora Teresa Pinto Correia, com apoio do MADRP.