O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

252 | II Série A - Número: 026 | 10 de Novembro de 2008

crescimento em Espanha traduz-se numa redução de ½ p.p. da taxa de crescimento das exportações portuguesas em volume e numa redução de 0,14 p.p. no crescimento do PIB em Portugal.

Gráfico 1 – Evolução trimestral do PIB real (Portugal, Área do euro e EUA)

Fonte: Eurostat.

1.4 Não obstante a incerteza acerca da evolução futura da economia, a intensificação do impacto negativo da turbulência financeira e do elevado preço das matérias-primas no crescimento económico é já claramente visível na evolução do PIB no 2.º trimestre de 2008 na Europa (Gráfico 1), na sucessiva revisão em baixa das previsões de crescimento para as economias da OCDE por parte das principais organizações internacionais, bem como na evolução recente dos indicadores de conjuntura. O indicador de conjuntura da OCDE (Gráfico 2), que procura identificar pontos de viragem na actividade económica com aproximadamente seis meses de antecedência, indicia que a economia da área do euro se encontra em forte abrandamento. Ainda de acordo com o mesmo indicador avançado, tanto a economia espanhola como a portuguesa se encontram igualmente em forte abrandamento.

1.5 Consequentemente, não pode ser afastada a hipótese de um cenário recessivo na área do euro e nos EUA em 2009, que inevitavelmente terá consequências significativas sobre a evolução da economia portuguesa.

1.6 No entendimento da UTAO, tendo em conta a informação disponível, um dos principais riscos para o sector real da economia, em particular para as pequenas e médias empresas (PME), advém das perturbações no mercado de crédito. Uma eventual forte redução do crédito disponível teria consequências bastante pronunciadas para o normal funcionamento da economia, dificultando não só as operações de tesouraria das empresas, como o financiamento de projectos de investimento. Contudo, ainda não existem dados estatísticos relativamente à evolução do crédito às sociedades não financeiras após o intensificar da crise financeira em Setembro de 2008, pelo que ainda não é possível quantificar os efeitos referidos. Para tentar minimizar o impacto nas PME, o Conselho ECOFIN de 7 de Outubro de 2008 anunciou que o Banco Europeu de Investimento se propõe a aumentar o volume de empréstimos a conceder às PME 0 0,6
-0,2
0,3
1,8 1,9
0,9 0,7
-0,5
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
07-T3 07-T4 08-T1 08-T2 07-T3 07-T4 08-T1 08-T2
Variação em cadeia Variação homóloga
PRT
AE15
EUA