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256 | II Série A - Número: 026 | 10 de Novembro de 2008

Necessidades de financiamento da economia e RDB 1.13 O Gráfico 5 ilustra e evolução das necessidades de financiamento da economia portuguesa (vulgo défice externo). No 4.º trimestre de 1999 estas ascendiam a 6,3% do PIB, passando para 8,7% no 4.º trimestre de 2008. O último valor disponível, referente ao período de um ano terminado no 2.º trimestre de 2008, aponta para um défice externo de ascendendo a 16 318 milhões de euros ou 9,8% do PIB.6 De acordo com os dados do INE, a deterioração recente deste indicador deve-se ao crescimento das necessidades de financiamento das sociedades não financeiras, que não está a ser totalmente compensada pela melhoria registada nas Administrações Públicas e Instituições Financeiras.

Gráfico 5 – Capacidade/Necessidade de financiamento da economia portuguesa (valores deslizantes expressos em percentagem do PIB deslizante)

Notas: Cálculos UTAO. | Fonte: INE.

1.14 Tal como já referido na Informação da UTAO N.º 9/2008, de 7.10.2008, o acumular de necessidades de financiamento face ao resto do mundo resultou numa rápida deterioração da posição de investimento internacional da economia portuguesa. Esta passou de uma posição negativa de 1/3 do PIB no final de 1999 para um valor próximo de -90% do PIB em 2007/2008.

1.15 Este forte agravamento da posição de investimento internacional, reflectindo um acréscimo do endividamento face ao exterior, passou a ter consequências visíveis na evolução do Rendimento Disponível Bruto (RDB), que se encontra representado a preços constantes de 2000 no Gráfico 7.7 No período em análise (1999T4-2008T2) o Rendimento Nacional Bruto (RNB) da economia portuguesa foi sempre inferior ao PIB, devido ao um saldo negativo dos rendimentos recebidos do resto do mundo. No entanto até ao final de 2004, as transferências correntes recebidas do resto do mundo compensavam esse diferencial negativo fazendo com que o RDB, ou seja o rendimento disponível para a utilização dos residentes em Portugal, fosse sensivelmente igual ao PIB (ver Gráfico 8). No entanto, a partir do 1.º trimestre de 2005, o RDB passou a ser 6 Valor deslizante em percentagem do PIB deslizante, idêntico ao obtido utilizando uma média móvel de 4 períodos para remover os fenómenos de sazonalidade.
7 Numa economia aberta, o rendimento disponível bruto dos residentes poderá diferir da riqueza produzida nessa economia (produto interno bruto) em consequência do saldo líquido dos rendimentos do resto do mundo (cujo sinal reflecte a posição de investimento internacional) bem como do saldo das transferências correntes recebidas do resto do mundo.
-12,5%
-10,0%
-7,5%
-5,0%
-2,5%
0,0%
IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II III IV I II
99 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008