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260 | II Série A - Número: 026 | 10 de Novembro de 2008

Gráfico 9 – Revisão na previsão de crescimento do Governo face à previsão efectuada no ROPO em Maio de 2008

1.22 Com base na informação disponibilizada pelo INE relativamente às contas nacionais trimestrais do 2.º trimestre de 2008 no início de Setembro, para que se atinja o crescimento previsto de 0,8% no conjunto do ano de 2008 é necessário que a economia portuguesa cresça a uma média de 0,23%, em cadeia, em cada um dos 3.º e 4.º trimestres de 2008.8 No 1.º trimestre a economia portuguesa decresceu 0,2% e no 2.º trimestre cresceu 0,3%.

1.23 Para 2009, a revisão em baixa realizada resulta de uma redução do crescimento esperado quer da procura interna, quer das exportações. Relativamente à procura interna, a previsão de crescimento do investimento é revista 4 p.p. em baixa (para 1,5%);9 a do consumo privado é revista 0,9 p.p. em baixa (para 0,8%); em sentido contrário, a previsão de crescimento do consumo público é revista em alta de 0,8 p.p. (para 0,2%). A previsão de crescimento das exportações é revista 3,5 p.p. em baixa, passando, de acordo com a previsão governamental, as importações (1,8%) a crescer mais do que as exportações (1,2%) em 2009.
1.24 Objectivamente, deve ser referido que não é possível à UTAO avaliar a qualidade intrínseca das previsões do Governo (da responsabilidade do MFAP), uma vez que modelo econométrico utilizado não é público. Consequente, a avaliação da qualidade das referidas previsões é efectuada apenas por comparação com outras previsões de outros organismos (Tabela 10), não dispondo a UTAO de capacidade própria para elaborar a sua própria previsão. A propósito da actualidade das várias previsões, deve ter-se em conta que o momento do tempo em que são elaboradas as referidas previsões tem impacto na qualidade das mesmas. Em geral, a 8 Os valores divulgados pelo INE encontram-se sujeitos a sucessivas revisões até ao fecho das contas anuais definitivas.
9 O Governo corrige assim, no OE/2009, as perspectivas de aceleração do investimento constantes do ROPO de Maio de 2008. Na Nota Técnica n.º 6/2008 da UTAO, de 19.6.2008, a UTAO alertou para o facto de «Esta aceleração prevista [no ROPO/2008] do crescimento pode[r] não estar a ter em conta as características pró-cíclicas do investimento, que aliás são explicitamente invocadas no ROPO para explicar a recuperação do crescimento da FBCF em 2007. O ROPO refere, no entanto, que existem «expectativas particularmente positivas para os segmentos da energia, construção e material de transporte». Tais expectativas poderão estar eventualmente relacionadas com projectos de parcerias público-privadas (PPP) na área dos transportes e com as concessões relacionadas com concretização do plano nacional de barragens, no entanto o ROPO é completamente omisso em relação a estes importantes projectos e seus desenvolvimentos, não fornecendo assim a informação necessária para a aferição do realismo desta projecção. De acordo com as GOP-2009, o crescimento do investimento privado está intimamente relacionado com a componente do investimento privado que respeita à realização das políticas públicas, ou seja, com as PPP. No entanto, também as GOP-2009 não incluem informação suficiente para permitir quantificar este impacto.» - 0 , 7
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P I B C o n s u m o P r i va d o C o n s u m o P ú b l i c o I n ve s t i m e n t o
E x p o r t a ç õ e s I m p o r t a ç õ e s T x . I n f l a ç ã o
T x . D e s e m p r e g o
2008
- 1 , 4
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0 , 8
- 4 , 0
- 3 , 5
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0 , 3
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2009