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70 | II Série A - Número: 047 | 16 de Março de 2010

Por outro lado, a aceleração dos investimentos no âmbito do QREN será uma prioridade a prosseguir.
Neste âmbito, serão privilegiados investimentos dirigidos a factores críticos de competitividade – qualificação de recursos humanos, competitividade empresarial, inovação e valorização do território - com elevada capacidade de dinamização da economia, e com reduzidos impactos orçamentais.

III.9 Aproveitamento de Recursos Naturais: Estratégia para a Energia No que toca ao aproveitamento dos recursos naturais, destaca-se o aproveitamento dos recursos energéticos, em particular da energia eólica e hídrica. A Estratégia para a Energia em Portugal tem vindo a apostar decisivamente nas fontes renováveis, na eficiência energética, em novos conceitos de mobilidade, bem como na provisão de infra-estruturas.
A política energética do Governo visa a promoção da concorrência, adequação ambiental de todo o processo energético e a segurança de abastecimento de energia. Para estes objectivos têm contribuído a produção de energia com base em fontes endógenas renováveis, que geram novos investimentos privados em equipamentos energéticos com elevada incorporação tecnológica, fomentando a criação de emprego e reduzindo a dependência energética face ao exterior. O Governo tem igualmente assumido políticas proactivas na área da eficiência energética, como forma de reduzir as emissões de carbono e aumentar a produtividade e a competitividade da economia. Outra aposta de relevo, em que Portugal é pioneiro, é a mobilidade eléctrica, através da qual o Governo alarga à área dos transportes as suas opções em matéria de energias renováveis e sustentabilidade ambiental. Estas orientações de política energética são estruturantes para a promoção da competitividade e sustentabilidade do País, uma vez que contribuem para a redução das emissões de carbono, da dependência energética e para o aumento da capacidade exportadora de bens e serviços nesta fileira.
No domínio das energias renováveis, Portugal tem assumido um papel de destaque, reconhecido a nível europeu e internacional. A estratégia de diversificação das fontes de abastecimento, baseada na utilização de recursos que o País possui – vento, água e sol – tem vindo a contribuir para a redução da dependência energética externa e, também, para o cumprimento dos objectivos de redução de gases de efeito de estufa. O sector é responsável pela manutenção, directa e indirecta de 30.000 empregos, estimando-se que possa criar cerca de 7000 novos empregos por ano durante a próxima década, e gera um VAB anual de cerca de 1000 milhões de euros, estando previsto que este valor possa triplicar até 2020. No final de 2008, do total de energia eléctrica consumida, 43,3% provinha já de fontes de energia renovável. Neste âmbito, o motor para esta progressão tem sido a energia eólica, cuja potência instalada aumentou de 537 MW em 2004 para 3450 MW em 2009, esperando-se um reforço de 1100 MW em 2010. Ao nível da energia hídrica, foi lançado o Programa Nacional de Barragens de Elevado Potencial Hidroeléctrico, o qual prevê o reforço da capacidade de produção de várias barragens e a construção de 8 novas barragens, num total de mais de 1300 MW. Está também prevista a simplificação do processo de identificação do potencial para a construção de mini-hídricas. Esta aposta na fonte hídrica, combinada com a fonte eólica, tem efeitos positivos na eficiência do sistema electroprodutor nacional.
É de salientar que o aproveitamento da energia eólica e hídrica permitirá reduzir uma componente de importações que corresponde a metade do défice externo da economia portuguesa – ver Caixa III.3. Além disso, esta é também uma área em que a aposta feita no mercado permitiu internacionalizar a estratégia nacional de energia, através da exportação de equipamentos de produção de energia eólica e solar.