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28 | II Série A - Número: 112 | 6 de Julho de 2010

Na sequência da quebra da actividade económica, do impacto da crise financeira internacional e do menor dinamismo do sector imobiliário, observou-se, ao longo do ano de 2009, um abrandamento significativo do ritmo de crescimento dos empréstimos ao sector privado não financeiro, abrangendo o crédito destinado às sociedades não financeiras e aos particulares.
Contudo, apesar desta desaceleração, os empréstimos mantiveram-se com taxas de crescimento homólogo positivas e acima das verificadas na área do euro.
Em linha com a descida das taxas de juro directoras do BCE e da prática de políticas de cedência extraordinária de liquidez, as taxas de juro activas e passivas diminuíram ao longo de 2009. De facto, em Dezembro de 2009, as taxas de juro activas para os particulares situavam-se, em média, em 3,1%, 345 pontos base abaixo dos valores registados no final de 2008, tendo esta descida sido particularmente acentuada para o caso do crédito à habitação que evoluiu para 2% (5,9% no final de 2008). Mas, apesar do carácter acomodatício da política monetária e das medidas de apoio ao sistema financeiro, as condições de financiamento mantiveram-se mais restritivas do que as verificadas no período anterior à eclosão da crise financeira, em particular, no que respeita aos prémios de risco.
No contexto de condições mais restritivas na concessão de crédito a particulares, de alguma deterioração das perspectivas para o mercado de habitação e de redução nas despesas de consumo de bens duradouros, as famílias portuguesas reduziram a procura de empréstimos junto do sector bancário. Assim, o aumento do crédito aos particulares desacelerou, associado à evolução descendente do crédito destinado à habitação que evoluiu de um crescimento de 4,3% em 2008 para 2,6% em 2009. Interrompendo a tendência de forte aceleração dos últimos anos, o crescimento do crédito destinado às sociedades não financeiras abrandou acentuadamente para 1,9% em 2009 (10,5% em 2008), movimento associado, em parte, à diminuição das necessidades de financiamento para investimento.
À semelhança do comportamento dos índices bolsistas internacionais, o desempenho do mercado bolsista português evoluiu favoravelmente a partir de Março de 2009, reflectindo o aumento da apetência pelo risco. Em Dezembro de 2009, o índice PSI-Geral registou um aumento de 40% em termos homólogos, acima do verificado na área do euro, o que compara com uma redução de 50% em 2008. II SÉRIE-A — NÚMERO 112
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