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153 | II Série A - Número: 017 | 16 de Outubro de 2010

IV.3.2. Dívida Directa do Estado Num ano marcado pela denominada crise da dívida soberana, que afectou a área do Euro e alguns países em particular, entre os quais Portugal, realça-se a capacidade de execução que a República Portuguesa teve do seu programa de financiamento. Mesmo nestas condições a procura dos títulos de dívida Portuguesa superou sempre a oferta, tendo inclusivamente a média do bid-to-cover ratio até ao fim de Setembro de 2010 para obrigações do Tesouro atingido 2,4, valor superior ao verificado nos anos anteriores. Até ao final de Setembro foi executado mais de 93% do plano de financiamento do ano.
No final de 2010 a dívida directa do Estado deverá ascender a 147,8 mil milhões de euros. O crescimento é justificado pelo défice orçamental (estimado em 14 mil milhões de euros) e pela aquisição líquida de activos financeiros (2,7 mil milhões de euros), parcialmente compensado pelas receitas de privatizações (1,2 mil milhões de euros).
Relativamente a 2010, destaca-se a maior importância dos instrumentos de dívida de médio-longo prazo (obrigações do Tesouro) no financiamento da República e o impacto e aceitação do lançamento dos Certificados do Tesouro, que em apenas seis meses se espera possam captar cerca de 650 milhões de euros, enquanto instrumento de incentivo da poupança de médio-longo prazo dos particulares.
A expressão da dívida denominada em moedas não euro continuou a ser residual, tendo mesmo o seu peso no total da dívida diminuído face ao verificado em 2009. Acresce o facto de todas as emissões em moeda estrangeira terem sido sujeitas a um acordo de troca cambial para euro, o que faz com que a dívida após swap seja, efectivamente, em moeda nacional, eliminando-se qualquer risco cambial.
Quadro IV.3.2. Estrutura da Dívida Directa do Estado (Óptica da Contabilidade Pública; milhões de euros)

(1) Inclui promissórias de participação no capital de instituições internacionais e exclui derivados financeiros.
e - estimado Fonte: Ministério das Finanças e da Administração Pública.
IV.3.3. Financiamento do Estado IV.3.3.1. Enquadramento Em 2009, assistiu-se a uma recessão económica à escala global, que teve origem na crise financeira nos EUA e que, posteriormente, se estendeu à generalidade das economias avançadas e emergentes. Nesse contexto, os Governos e as autoridades monetárias tomaram um conjunto de medidas excepcionais, com vista a dinamizar a actividade económica e a reduzir o risco sistémico no sistema financeiro.
Contudo, o aumento significativo do défice e da dívida pública observado na generalidade dos países conduziu a uma queda generalizada da confiança dos investidores em relação à sustentabilidade das I n s t r u m e n t o s M o n t a n t e % M o n t a n t e % O T - t a x a f i x a 9 1 9 0 7 6 9 , 2 1 0 4 5 5 0 7 0 , 7 CT - Ce r t i f i c a d o s d o T e s o u r o - - 651 0 , 4 CA - Ce r t f i c a d o s d e Af o r r o 1 6 8 7 1 1 2 , 7 1 5 8 6 6 1 0 , 7 D í v i d a d e c u r t o p r a z o e m e u r o s 2 1 7 7 3 1 6 , 4 2 4 7 9 1 1 6 , 8 D a q u a l: B T - B ilh e t e s d o T e s o u r o 1 7 2 3 1 1 3 , 0 1 8 5 9 0 1 2 , 6 O u t r a d í v i d a e m e u r o s ( 1 ) 145 0 , 1 144 0 , 1 D í v i d a e m m o e d a s n ã o e u r o ( 1 ) 2 0 4 6 1 , 5 1 7 8 1 1 , 2
T O T AL 1 3 2 7 4 3 1 0 0 , 0 1 4 7 7 8 3 1 0 0 , 0
2009 2010e