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154 | II Série A - Número: 017 | 16 de Outubro de 2010

finanças públicas, desencadeando, assim, um ressurgimento da turbulência nos mercados financeiros, notório sobretudo a partir do final de Abril de 2010.
A incerteza quanto à dimensão da exposição do sistema financeiro ao risco soberano conduziu a um aumento das restrições na concessão de crédito no sector bancário, nomeadamente no mercado monetário interbancário.
Neste contexto, as autoridades monetárias optaram por manter as respectivas taxas de juro directoras em níveis mínimos históricos. Nos EUA, a Reserva Federal manteve inalterado o intervalo de referência para a taxa dos fed funds entre 0 e 0,25 por cento e o Banco do Japão a taxa directora em 0,1 por cento, valores que, em ambos os casos, haviam sido fixados no final de 2008. Já o BCE, que havia descido a taxa principal de refinanciamento em 25 pontos base em Maio de 2009, manteve igualmente a taxa de juro inalterada no decurso de 2010. Alguns bancos centrais continuaram a adoptar medidas não convencionais. No caso particular do BCE, o Conselho de Governadores decidiu iniciar um conjunto de intervenções no mercado secundário de dívida pública e privada da área do euro, no âmbito do Programa do Mercado Secundário, tendo em vista assegurar profundidade e liquidez nos segmentos de mercado que não funcionassem adequadamente.
De notar, ainda, que no início de Maio, em resultado da crescente tensão nos mercados financeiros, o Conselho da União Europeia e os Estados-membros acordaram um conjunto de medidas com vista a preservar a estabilidade financeira, destacando-se, em particular, a aprovação de um mecanismo de estabilização financeira europeu (EFSF), bem como a realização de testes de resistência à condição financeira da banca da área do Euro, mesmo em cenários considerados muito adversos.
Tendo em consideração o ambiente criado pela combinação da elevada aversão e percepção ao risco, no decurso de 2010 assistiu-se a um movimento de forte valorização dos preços das obrigações soberanas, sobretudo norte-americanas e alemãs, percepcionadas como instrumentos de ―reserva de valor‖, em especial nas maturidades mais longas da curva de rendimentos. Já nos prazos mais curtos, as yields mantiveram-se próximas dos níveis observados no final de 2009.
Assim, entre o final do ano e meados de Outubro de 2010, a curva de rendimentos registou uma diminuição significativa da inclinação quer nos EUA quer na área do euro.
Gráfico IV.3.1. Evolução das Curvas de Rendimentos (%, pb)

Fonte: Thomson Reuters.
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