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16 | II Série A - Número: 017 | 16 de Outubro de 2010

O 1.º semestre de 2010 foi também caracterizado por elevadas tensões no seio dos mercados financeiros internacionais causadas pelas perturbações existentes nos mercados da dívida na UE, especialmente na área do euro, movimento esse que foi catalisado com a crise orçamental na Grécia (Abril/Maio) e que se estendeu, através dos efeitos de contágio, a outros países que vivem actualmente numa situação de maior vulnerabilidade em matéria de finanças públicas. Apesar de alguma diminuição no diferencial (spread) de rendibilidade entre as taxas de juro de longo prazo desses países e as da Alemanha, o qual atingiu o seu valor máximo em Maio, os riscos relacionados com os mercados de dívida soberana têm-se mantido muito elevados em alguns Estados membros, com repercussões nos restantes mercados da UE, reflectindo-se numa descida do seu rating. (ver Caixa 1. Crise Soberana e Financiamento: uma Ameaça à Recuperação Económica).
Neste contexto, a situação conjuntural das economias em 2010, especialmente dos principais parceiros comerciais de Portugal (Espanha, Alemanha, França, Itália e Reino Unido), tem desempenhado um papel decisivo na recuperação da economia portuguesa, nomeadamente, na melhoria significativa das exportações durante o 1º semestre (Quadro I.1.2).
Quadro I.1.2. PIB e Importações (variação homóloga real, em %)

Fontes: Eurostat e Institutos de estatística nacionais.
Contudo, a persistência do fraco nível de utilização da capacidade produtiva nas economias avançadas tem contribuído para a manutenção de pressões inflacionistas moderadas, estando previsto uma taxa de inflação em torno de 1,3% para 2011 (1,4% em 2010) para este grupo de países. Neste âmbito, a política monetária da generalidade dos países (nomeadamente da área do euro, Reino Unido e EUA) teve um pendor marcadamente acomodatício, tendo os respectivos Bancos Centrais mantido as taxas de juro directoras em níveis historicamente baixos, as quais se situaram, no final do 3.º trimestre de 2010, nos níveis de final de 2009: 1% na área do euro; 0,5% no Reino Unido; e entre 0% e 0,25% nos EUA.
Reflectindo o baixo nível das taxas de juro directoras, as taxas de juro de curto prazo, tanto na área do euro como nos EUA, voltaram a diminuir, tendo a Euribor a 3 meses descido para um valor médio de 0,74%, no conjunto dos 9 primeiros meses de 2010 (1,2% em 2009) e para um valor quase nulo nos EUA (0,7% em 2009) (ver Gráfico I.1.1). Apesar das taxas de juro terem diminuído, deve-se salientar que os mercados financeiros têm vindo a aumentar a sua aversão ao risco e, dessa forma, têm descriminado os países em termos de risco e consequentemente em termos de taxas de juro. 3 º T 4 º T 1 º T 2 º T 3 º T 4 º T 1 º T 2 º T
Á r e a d o E u r o - 4 , 0 - 2 , 0 0 , 8 1 , 9 - 1 2 , 3 - 7 , 0 4 , 8 1 2 , 1
E s p a n h a - 3 , 9 - 3 , 0 - 1 , 3 - 0 , 1 - 1 7 , 2 - 9 , 2 2 , 0 8 , 1
A l e m a n h a - 4 , 4 - 2 , 0 2 , 0 3 , 7 - 1 0 , 1 - 7 , 5 4 , 2 1 7 , 1
Fr a n ç a - 2 , 7 - 0 , 5 1 , 2 1 , 7 - 1 2 , 5 - 6 , 4 1 , 2 8 , 7
I t á l i a - 4 , 7 - 2 , 8 0 , 5 1 , 3 - 1 5 , 0 - 7 , 8 4 , 3 8 , 2
R e i n o U n i d o - 5 , 4 - 3 , 0 - 0 , 3 1 , 7 - 1 3 , 6 - 4 , 6 5 , 1 1 0 , 4
P I B I m por t a ç õe s
20102009 2009 2010