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19 | II Série A - Número: 017 | 16 de Outubro de 2010

Globalmente, os preços das matérias-primas aumentaram no conjunto dos oito primeiros meses de 2010, interrompendo a quebra registada durante o ano de 2009 (período em que se assistiu a uma fraca procura global). Para esta evolução, é de destacar os aumentos acentuados dos preços dos produtos alimentares (especialmente do trigo) nos últimos meses, resultante da ocorrência de condições meteorológicas desfavoráveis nos maiores países de exportação. Verificou-se também uma aceleração acentuada dos preços dos metais associada, em parte, à procura robusta proveniente da China, os quais aumentaram, em média, até Agosto, 45% em termos homólogos, invertendo a quebra dos dois últimos anos (-8% e -29%, em 2008 e 2009, respectivamente). Relativamente ao preço do petróleo Brent, após ter atingido os 62,5 USD/bbl (44,8 €/bbl) no ano de 2009, este oscilou em torno de 78 USD/bbl (59 €/bbl) nos nove primeiros meses de 2010. Esta variação tem estado dependente de dois factores opostos: por um lado, da revisão em alta da procura de petróleo para 2010 e 2011, por parte da Agência Internacional de Energia (AIE), baseada no pressuposto de que o crescimento económico mundial será mais elevado; e por outro, da incerteza quanto à robustez desse crescimento. (Gráfico I.1.4).
Gráfico I.1.4. Preço Spot do Petróleo Brent (USD/barril e eur/bbl)

Fontes: Direcção-Geral de Geologia e Energia e Banco de Portugal.
(P) Previsão do FMI, Outubro de 2010.
No contexto económico referido, o sector bancário, designadamente da área do euro, começou a registar fragilidades ao nível do financiamento externo e a repercutir no crédito concedido a situação adversa sentida nos mercados de dívida, aumentando os prémios de risco. A persistência deste cenário de alguma turbulência nos mercados financeiros, em conjugação com os efeitos das medidas de política orçamental restritiva na generalidade dos países pertencentes ao grupo das economias avançadas, deverão contribuir para a desaceleração da economia mundial e das trocas ao longo do ano de 2011.
Assim, e de acordo com as últimas previsões do FMI, em 2011, quer o crescimento do PIB mundial, quer as trocas comerciais de bens e serviços deverão desacelerar para 4,2% e 7%, respectivamente (4,8% e 11,4%, em 2010 (Quadro I.1.3). 0 , 0
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