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38 | II Série A - Número: 017 | 16 de Outubro de 2010

O aumento da despesa corrente primária resulta, essencialmente, da referida aquisição de dois submarinos, registada como consumo intermédio, enquanto as despesas com o pessoal apresentaram um crescimento muito moderado, tendo em conta o congelamento da tabela salarial e a contenção na admissão de novos funcionários públicos. A despesa com prestações sociais, se bem que mantendo ainda taxas de crescimento elevadas, desacelerou face ao ano anterior, em resultado da retirada das designadas medidas ―anti-crise‖ e da introdução de novas medidas, como sejam a implementação da condição de recursos e as alterações ao regime do subsídio de desemprego. A despesa com juros acelerou face a 2009, em resultado do acréscimo do stock da dívida pública, enquanto a taxa de juro implícita na dívida terá ainda diminuído na média do ano.
A despesa de capital desacelerou em 2010, mas a formação bruta de capital fixo continuou a aumentar o seu peso relativo no PIB, acréscimo esse explicado, principalmente, pelos investimentos realizados na modernização das escolas e na rede rodoviária.

I.2. Crescimento das Exportações na Saída da Crise I.2.1. Enquadramento e Evolução Recente Os dados do primeiro semestre de 2010, em que se registou um crescimento real das exportações de bens e serviços de 9,4%, face a igual período do ano anterior, revelam uma capacidade de recuperação das exportações portuguesas muito superior à prevista pela generalidade das instituições internacionais2 (ver Gráfico I.1.6).
A recuperação das exportações portuguesas, sugere que a economia está a voltar a um padrão de crescimento centrado nas exportações, que poderá ajudar a compensar parcialmente os efeitos recessivos das medidas de consolidação e contribuir para a redução do défice externo.
Gráfico I.2.1. Exportações Europeias de Bens e Serviços (t.v.real, %)

Fontes: INE e Eurostat. 2 Em Novembro de 2009 a Comissão Europeia e da OCDE, apresentavam previsões para o crescimento das exportações em 2010 de 0,7% e 1,7%, valores muito abaixo das previsões actuais das mesmas instituições e muito aquém do verificado.
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