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40 | II Série A - Número: 017 | 16 de Outubro de 2010

Desde o início do ano que o país beneficia do comportamento positivo da procura externa dirigida às exportações portuguesas. No entanto, o aumento exportações conseguiu nos últimos quatro trimestres ser superior à evolução da procura externa relevante, o que significa que o país tem conseguido obter ganhos quota de mercado.
O crescimento das exportações portuguesas a um ritmo superior ao registado pelos países da área do euro, que se verifica no primeiro semestre de 2010 (9,4% e 8,6%, respectivamente), mas também nos últimos anos, reflecte o abrandamento do crescimento dos custos unitários de trabalho, corrigindo parcialmente o aumento acentuado verificado até 2005. Estas melhorias resultam da evolução salarial mais moderada que a verificada na década anterior a 2005 e da melhoria do ambiente de negócios e capacitação da economia resultantes, nomeadamente das reformas estruturais introduzidas na administração pública e no mercado de trabalho, que contribuíram para uma importante redução de custos de contexto. O reforço da capacidade tecnológica e científica do país e o aumento das qualificações dos portugueses deram também um contributo importante para o aumento da produtividade.

I.2.2. Melhoria Tecnológica e Aumento das Exportações de Serviços Na última década verificaram-se três importantes alterações estruturais nas exportações portuguesas: o aumento da intensidade tecnológica das exportações, o reforço do peso das exportações de serviços e a diversificação dos mercados de exportação, com aumento do peso dos mercados extra-comunitários.
Estas alterações, que ajudam a explicar o elevado ritmo de crescimento das exportações verificado nos três anos anteriores à crise, parecem estar também presentes na explicação da intensidade da actual retoma, apoiando o crescimento das exportações acima do aumento da tradicional procura externa que se tem verificado.
O aumento do peso das exportações de bens dos sectores de tecnologia média e alta e a acentuada diminuição do peso dos sectores de baixa tecnologia, que se verificaram desde o início da década de noventa, significam um desvio das exportações portuguesas em direcção a sectores com maior crescimento e simultaneamente com mais incorporação de conhecimento, e em que as vantagens tecnológicas e a qualificação da mão-de-obra são mais importantes como factores competitivos do que a disponibilidade de mão-de-obra pouco qualificada.
Gráfico I.2.4. Aumento da Intensidade Tecnológica das Exportações Portuguesas (em % do total) Gráfico I.2.5. Peso das Exportações de Serviços em Portugal e UE27 (%)

Fontes: INE e Ministério das Finanças e da Administração Pública. Fontes: INE e Eurostat.
30,0
35,0
40,0
45,0
50,0
55,0
60,0
65,0
70,0
1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 201
0 *
Média e Alta
Baixa
Produtos de tecnologia
16,0
18,0
20,0
22,0
24,0
26,0
28,0
30,0
32,0
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010*
Portugal UE27
* 1º semestre de 2010