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15 | II Série A - Número: 109 | 22 de Março de 2011

8 Quadro I.2. Enquadramento internacional – principais hipóteses

Legenda: (p) previsão. (a) Euribor a 3 meses; (b) Obrigações do Tesouro a 10 anos; (c) Taxa de variação média anual, em % (variação positiva/negativa significa apreciação/depreciação do euro).
Fontes: Ministério das Finanças e da Administração Pública, CE, FMI e OCDE.

De referir, porém, que o momento actual é marcado por um elevado grau de incerteza e riscos significativos que poderão afectar a evolução das principais variáveis macroeconómicas. Como potenciais riscos podemos referir os seguintes: 1. Evolução da procura externa relevante para as exportações portuguesas condicionada pelo crescimento económico dos principais parceiros comerciais: esta variável é particularmente relevante no actual contexto, uma vez que se espera que as exportações sejam o motor do crescimento económico em Portugal, atendendo às expectativas referentes à procura interna.
Neste contexto, a possibilidade dos nossos principais parceiros comerciais procederam à implementação de novas medidas de consolidação orçamental pode resultar numa desaceleração da procura interna desses países, com consequências negativas nas nossas exportações. Adicionalmente, o aumento da instabilidade em alguns países para onde as nossas exportações aumentaram significativamente nos últimos anos (designadamente no Magrebe) traduz-se, igualmente, num maior nível de incerteza; 2. Efeitos spillover do terramoto no Japão na economia mundial: numa primeira fase, o impacto esperado repercute-se numa revisão em baixa dos preços do petróleo e outras matérias-primas; contudo, a médio prazo, com o esforço da reconstrução, será de esperar uma subida dos mesmos. Importante será também o impacto na evolução do iene e no mercado de dívida soberana; 3. Evolução do preço do petróleo e das matérias-primas: o preço do petróleo tem vindo a subir, mas a forte instabilidade existente no Norte de África e no Médio Oriente e a evolução da procura mundial introduzem um elemento de incerteza adicional. O crescimento que se tem verificado nos países emergentes e a alteração no seu padrão de consumo coloca, igualmente, pressão sobre os preços das matérias-primas; 4. Alterações na orientação da política monetária do Banco Central Europeu (BCE): a política actual tem-se caracterizado por uma tendência acomodatícia com a disponibilização de liquidez adicional para fazer face ao impacto da crise na economia; porém, as pressões inflacionistas existentes poderão levar a uma alteração da mesma com subidas da taxa de referência do BCE.
De notar que o aumento das taxas de juro terá não só um impacto nos custos de financiamento, como também na apreciação do euro. 5. Condições de financiamento mais restritivas na economia portuguesa (Administrações Públicas, Sector Empresarial do Estado, Sector Bancário e, consequentemente, famílias e empresas): face à volatilidade e incerteza existentes no mercado de dívida soberana, não é de excluir que os prémios de risco se mantenham elevados, o que, atendendo às necessidades de financiamento da economia portuguesa, representará um elevado custo adicional. C r e s c i m e n t o d a p r o c u r a e x t e r n a r e l e v a n t e ( % ) - 1 4 , 7 7 , 9 4 , 2 3 , 2 3 , 3 3 , 8
P r e ç o d o p e t r ó l e o B r e n t ( U S $ / b b l ) 6 2 , 5 8 0 , 2 1 0 7 , 2 1 0 8 , 0 1 0 6 , 0 1 0 6 , 0
T a x a d e j u r o d e c u r t o p r a z o ( m é d i a a n u a l , % ) ( a ) 1 , 2 0 , 8 1 , 5 1 , 9 2 , 2 4 , 0
T a x a d e j u r o d e l o n g o p r a z o ( m é d i a a n u a l , % ) ( b ) 4 , 3 5 , 3 6 , 8 6 , 9 6 , 8 6 , 5
T a x a d e c â m b i o d o E U R / U S D ( m é d i a a n u a l ) ( c ) 1 , 3 9 3 1 , 3 2 7 1 , 3 6 9 1 , 3 6 2 1 , 3 1 9 1 , 3 1 9
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