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46 | II Série A - Número: 109 | 22 de Março de 2011

IV. ANÁLISE DE SENSIBILIDADE E COMPARAÇÃO COM A ACTUALIZAÇÃO DE MARÇO DE 2010

IV.1 Análise de Sensibilidade Nesta secção descreve-se a evolução das principais variáveis macroeconómicas e orçamentais em resposta a dois tipos de choque exógeno: um aumento no preço do petróleo, assumindo-se uma repercussão descendente no crescimento da procura externa e ascendente nos preços externos, e um aumento das taxas de juro. Os choques em sentido inverso, isto é, diminuições do preço do petróleo e da taxa de juro, implicam efeitos aproximadamente simétricos, razão pela qual se omite a sua exposição.
Nesse sentido, apresenta-se no Gráfico IV.1 a evolução das principais variáveis da economia nacional num cenário em que o preço do petróleo é 20% superior ao admitido no cenário base. Pressupõe-se que o choque ocorre em 2011 e que os efeitos são permanentes.
A simulação revela um efeito negativo no crescimento real do PIB em 2011 e 2012, invertendo depois em 2013 e 2014, sobretudo devido aos efeitos adversos sobre a procura interna. Esta redução da actividade económica real, no período 2011-12, induz efeitos negativos no mercado de trabalho, sendo visível um muito ligeiro aumento da taxa de desemprego em todo o horizonte de projecção.
O PIB nominal, tal como os preços no consumidor, exibe em 2011 uma subida face ao cenário base, reflectindo o impacto na inflação. Nos anos subsequentes este movimento inverte-se no caso da inflação, fruto da pressão descendente sobre os preços que é induzida pelo abrandamento da actividade económica real. Este efeito também se repercute no PIB nominal, que aumenta face ao cenário base. As necessidades de financiamento apresentam também um comportamento menos favorável em 2011, face ao cenário base, mas melhoram ao longo do horizonte de previsão.
No que diz respeito ao saldo orçamental, no ano do choque o impacto é nulo, situação que se inverte nos anos seguintes devido ao efeito negativo na receita fiscal, induzido pela quebra da actividade económica.
Quanto ao rácio da dívida pública, apresenta uma melhoria face ao cenário base ao longo do horizonte de previsão, para o qual terá contribuído não só a diminuição do défice em relação à actualização anterior e o reforço do programa de privatizações em 2012, como também a melhoria do PIB nominal.