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3 DE DEZEMBRO DE 2012

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1.2.2. Cenário Macroeconómico

O cenário macroeconómico aponta para uma contração do PIB em 3% em 2012, em consequência de uma

acentuada quebra na procura interna. A taxa de desemprego deverá situar-se nos 15,5%. Prevê-se que a forte

dinâmica das exportações permitirá compensar parcialmente este efeito. É de salientar que este contributo

permitirá, em 2012, atingir o equilíbrio da balança de bens e serviços, o que representa um inquestionável feito

económico.

O quadro seguinte apresenta as estimativas para 2012 e as previsões para 2013.

Quadro 1.2 — Cenário Macroeconómico (Taxas de variação homóloga em volume, %)

Fontes: INE, MF. (p) previsão.

Em 2013, o PIB deverá sofrer uma contração de 1% em média anual, associado a uma redução da procura

interna. Esta será atenuada pelo contributo positivo esperado da procura externa líquida. No entanto, prevê-se

também para 2013 o início da recuperação da atividade económica. De facto, em termos trimestrais, o PIB

deverá começar a crescer já a partir do segundo trimestre de 2013.

A previsão de uma quebra do produto em 2013, face ao apresentado no Documento de Estratégia

Orçamental, resulta de fatores externos e internos. A par do contexto internacional menos favorável, espera-se

uma redução mais acentuada da procura interna decorrente do ajustamento mais rápido do que o antecipado,

quer do processo de desalavancagem do setor privado, quer dos desenvolvimentos associados ao mercado

de trabalho. Estes mecanismos de ajustamento, assim como as medidas de consolidação orçamental tomadas

para cumprir as metas acordadas no quinto exame regular do Programa de Ajustamento Económico, explicam

a revisão em baixa da previsão do produto em 2013.

No que respeita ao consumo privado, após muitos anos a crescer acima do PIB, esta componente deverá

continuar a ajustar-se para níveis compatíveis com a riqueza gerada na economia. Neste contexto, estima-se a

manutenção da quebra do consumo dos bens duradouros. Em 2013, a quebra do consumo privado de 2,2%

resulta, quer do nível de desemprego, quer do reajustamento do rendimento disponível das famílias.

Por sua vez, em consequência do ajustamento orçamental em curso, prevê-se uma redução do consumo

público em 3,5%.

Também o investimento, apesar de recuperar face a 2012, apresentará uma quebra de 4,2%, em resultado

da redução estimada do investimento público e do investimento residencial. Estes desenvolvimentos não

PIB e Componentes da Despesa (em termos reais)PIB 1,4 -1,7 -3,0 -1,0

Consumo Privado 2,1 -4,0 -5,9 -2,2

Consumo Público 0,9 -3,8 -3,3 -3,5

Investimento (FBCF) -4,1 -11,3 -14,1 -4,2

Exportações de Bens e Serviços 8,8 7,5 4,3 3,6

Importações de Bens e Serviços 5,4 -5,3 -6,6 -1,4

Evolução dos PreçosDeflator do PIB 1,1 0,7 0,3 1,3

IPC 1,4 3,7 2,8 0,9

Evolução do Mercado de TrabalhoEmprego -1,5 -1,3 -4,3 -1,7

Taxa de Desemprego (%) 10,8 12,7 15,5 16,4

Produtividade aparente do trabalho 2,9 -0,4 1,3 0,7

Saldo das Balanças Corrente e de Capital (em % do PIB)Necessidades líquidas de f inanciamento face ao exterior -8,4 -5,1 -1,1 1,0

- Saldo da Balança Corrente -9,7 -6,6 -2,6 -0,6

da qual Saldo da Balança de Bens -10,0 -7,2 -3,6 -2,1

- Saldo da Balança de Capital 1,3 1,4 1,5 1,6

2010 2011(p) 2012(p) 2013(p)