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5.3. Porto Comercial de Vila Real de Santo António

O Porto de Vila Real de Santo António localiza-se na margem direita do Rio Guadiana situado a cerca de

uma milha marítima da foz do rio, cuja embocadura foi fixada por um molhe na margem direita e um molhe

submerso no lado espanhol.

Para além do cais comercial, com 300 m, dispõe ainda de uma doca de apoio à pesca, dotada de uma

moderna lota; de um porto de recreio, dotado de passadiços flutuantes para 358 embarcações até 20 m,

localizado frente ao núcleo urbano; de terminais fluviais para embarcações marítimo-turísticas e para o tráfego

de viaturas entre margens; e ainda de relevantes estaleiros de reparação e construção naval que se estendem

ao longo da margem.

O Porto de Vila Real de Santo António foi num passado ainda recente, o segundo porto nacional em

movimento de navios e carga, pela exportação do produto da exploração da mina de São Domingos, dos

produtos agrícolas regionais e da indústria transformadora da conserva de pescado, recebendo adubos e

fertilizantes para a produção agrícola na bacia hidrográfica do baixo-Guadiana.

A necessária retoma da pesca, indústria conserveira, atividade agrícola e mineração no sul do país

justificam o desassoreamento da barra e rio Guadiana e a reativação da atividade comercial de carga no porto

de Vila Real de Santo António e terminais fluviais do Guadiana (Alcoutim e Pomarão).

O maior constrangimento físico ao desenvolvimento de atividades marítimas e portuárias no baixo-

Guadiana é o assoreamento do rio e principalmente da barra que se encontra com apenas 1,5 m (ZH) de

profundidade, sendo indispensável a reposição dos fundos a 6,0 m (ZH). A dragagem da acessibilidade

marítima permitirá retomar o movimento de embarcações de pesca e a descarga do pescado na doca de

pesca, o movimento de navios de carga no cais comercial, promovendo a dinamização da indústria local e o

acolhimento de navios de cruzeiros oceânicos e flúvio-costeiros de média dimensão.

A dinamização no Porto de Vila Real de Santo António da valência de carga na perspetiva da

intermodalidade exige a recuperação do caminho de rolamento para guindastes do porto e do ramal

ferroviário, a aquisição de equipamento de movimentação de cargas, e a beneficiação das áreas de

armazenagem coberta.

Os passeios turísticos ao longo do rio Guadiana têm tido um grande incremento na procura e a tendência é

para o crescimento desta atividade, ancorada nos valores patrimoniais, histórico-culturais e ambientais

existentes nos concelhos ribeirinhos.

O Porto Comercial de Vila Real de Santo António começa a afirmar-se nos cruzeiros flúvio-costeiros entre o

Guadiana e o Guadalquivir, na Andaluzia, com uma periodicidade semanal entre Abril e Outubro. Em 2012, o

número de escalas foi de 16, com 2.389 passageiros visitantes. Em 2013 estão previstas 27 escalas de navios

de cruzeiros, esperando-se cerca de 4.000 passageiros. Para além do operador atual que pretende reforçar as

operações com mais um navio, surgem outros operadores interessados a operarem na costa algarvia e a

praticarem o troço navegável do Rio Guadiana.

O Porto possuiu ainda uma relevante atividade na ligação marítima entre Vila Real de Santo António e

Ayamonte (130 mil passageiros em 2010).

6. Portos de Pesca

A atividade da pesca no Algarve distribui-se por 12 portos de pesca (Baleeira, Lagos, Alvor, Portimão,

Albufeira, Quarteira, Olhão, Fuzeta, Santa Luzia, Tavira, Cabanas e Vila Real de Santo António) e 17

pequenos núcleos de pesca onde as embarcações varam na praia (Arrifana, Carrapateira, Salema, Burgau,

Praia da Luz, Ferragudo, Carvoeiro, Senhora da Rocha, Armação de Pêra, Praia da Oura, Olhos de Água,

Santa Eulália, Arroteia, Cacela, Manta Rota, Altura e Monte Gordo).

Ao nível da pesca o Algarve contribuiu, em 2012, com cerca de 21% para a produção de pescado em

Portugal continental, sendo a região nacional mais importante em termos do valor do pescado movimentado.

Dos portos de pesca do Algarve merecem especial relevo os portos de Olhão e Portimão, que representam

54% e 25% do volume de pescado dos portos da região, respetivamente, mas com um valor de apenas 1,1 €

por quilograma, e o porto de Vila Real de Santo António que, com apenas 6,3% do volume do pescado, atinge

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