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da tonelagem de carga movimentada e a diversificação dos destinos e natureza dos produtos, continuando-se

a valorizar o transporte marítimo para escoamento da produção regional.

As principais cargas movimentadas no Porto de Faro são o cimento (proveniente da fábrica da Cimpor de

Loulé e destinado a portos do norte de África), o sal-gema (proveniente da mina de sal-gema de Loulé e

destinado a portos do norte da Europa), o sal de consumo humano (importação e exportação pelas empresas

Salexpor e Vatel, sedeadas em Olhão), a alfarroba (exportação de vagem triturada para a Grã-Bretanha),

madeiras (exportação da produção florestal proveniente do sul do País) e pescado (exportação de pescado

proveniente da aquicultura regional).

O Porto de Faro dispõe também de características adequadas ao turismo marítimo, tendo diversas

companhias e operadores de cruzeiros mostrado interesse na sua utilização.

Está a ser avaliada a possibilidade de um navio mercante de cruzeiros (120 m de comprimento, 180

passageiros e 70 tripulantes), de um armador alemão, operar a partir do Porto de Portimão, escalando os

portos de Faro/Olhão, Vila Real de Santo António e Sevilha. Este projeto irá introduzir a operação de

embarque/desembarque de passageiros (turn around) recorrendo ao Aeroporto Internacional de Faro.Os

pacotes turísticos disponibilizados aos passageiros preveem a permanência destes na região, o que

contribuirá para a criação de dinâmicas económicas nos setores da hotelaria, da restauração e do comércio

local.

A companhia francesa CroisiEurope, a operar entre os portos de Sevilha e Vila Real de Santo António,

movimentando cerca de 3.000 passageiros por ano, tenciona colocar um segundo navio a ligar estes mesmos

destinos aos portos de Faro e Portimão.

Diversas companhias de cruzeiros internacionais, que operam navios de menor dimensão, manifestaram já

o seu interesse em escalar o Porto de Faro, assim que forem criadas melhores condições de receção aos

passageiros.

A atracação, a permanência e as operações dos navios mercantes de carga e passageiros no Porto

Comercial de Faro desenvolvem-se em toda a frente sul do terrapleno do porto e no plano de água constituído

pela bacia de manobra, pelo canal de navegação e pela barra.

Equacionou-se, recentemente, a possibilidade de afetação de parte do Porto Comercial de Faro à náutica

de recreio. Mais especificamente, um operador privado solicitou a atribuição da concessão de utilização

privativa de uma parcela do domínio público marítimo, no Porto de Faro, incluindo zonas na frente sul do

terrapleno, destinada à instalação de um estaleiro de reparação naval, alojamentos, zona comercial,

parqueamento a seco de embarcações de recreio e uma escola de náutica de recreio. Este projeto, que se

encontra presentemente em análise, a ser concretizado, colocaria em risco o desenvolvimento equilibrado e

sustentado do Porto Comercial de Faro, por conflituar com as atividades portuárias de carga e passageiros,

quer no plano marítimo, quer no plano terrestre, nomeadamente ao nível da segurança da navegação e das

operações marítimas na bacia de navegação e áreas adjacentes e ao nível da incompatibilidade de usos no

terrapleno.

Assim, a instalação de infraestruturas de apoio à náutica de recreio deverá ser equacionada para a zona a

norte do terrapleno do Porto Comercial de Faro, beneficiando de uma maior proximidade à cidade e de um

plano de água mais tranquilo, enquanto toda a frente sul do terrapleno deverá manter-se afeta exclusivamente

à atividade comercial (navios mercantes de carga e passageiros).

Tal afetação exclusiva permitirá o desenvolvimento equilibrado do Porto Comercial de Faro,

nomeadamente, no que diz respeito à instalação de agentes de navegação e de operadores portuários, à

criação de áreas para depósito de carga, para estacionamento de máquinas de movimentação de cargas, de

veículos pesados de carga e de passageiros, à construção de instalações de apoio aos trabalhadores

portuários, etc.

Dadas as atuais necessidades de resposta ao movimento portuário – que se aproximam da capacidade

máxima – e face aos conhecidos congestionamentos na gestão dos cais existentes, torna-se necessário, num

horizonte temporal curto, o prolongamento do extremo jusante do cais de 200 metros em 100 metros.

Numa perspetiva de médio prazo de transformação do Porto Comercial de Faro num interface multimodal

privilegiado para o transporte de mercadorias com origem/destino na região algarvia, é necessária uma

intervenção mais vasta, incluindo: dragagem de manutenção da barra, canal de acesso e bacia de manobra;

31 DE MAIO DE 2013_______________________________________________________________________________________________________________

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