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Tabela 3 – Comparação do cenário macroeconómico para 2013 com outras previsões (taxa de variação anual, em percentagem, e em pontos percentuais)

Fontes: Ministério das Finanças, Banco de Portugal, Comissão Europeia e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). | Notas: 1) Boletim Económico de Primavera, publicado a 26 de Março de 2013. 2) European Economic Forecast Primavera, publicado a 3 de Maio de 2013. 3) Economic Outlook, publicado a 29 de Maio de 2013. 4) Previsão para o IPC no OER/2013, e para o IHPC nas restantes publicações.

5 Em relação ao investimento, poderá existir um efeito positivo decorrente das novas medidas de crédito fiscal. Contudo, a restrição ao financiamento bancário poderá limitar a recuperação prevista. De acordo com o OER/2013, o investimento deverá evidenciar um menor ritmo de redução, -7,6% em 2013 por comparação com -14,5% em 2012, não incorporando os efeitos potencialmente positivos decorrentes das novas medidas anunciadas de incentivo ao investimento. Contudo, este cenário central está sujeito a riscos descendentes e ascendentes. Um dos riscos negativos relaciona-se com a restrição no acesso ao financiamento das empresas não financeiras. Tendo presente a evolução histórica da dinâmica dos empréstimos concedidos pelo sector financeiro e do investimento, poderá construir-se uma relação entre as duas variáveis (Gráfico 3). A relação linear, identificada no Gráfico 3 com a reta a preto, sugere como aceitável que o investimento contraia 7,6% em 2013, perante a variação anual dos empréstimos concedidos de -5,7%.2 Esta relação pressupõe que não existem restrições adicionais de oferta de crédito, e a redução dos créditos concedidos resulta apenas de menor procura. No entanto, os dados mais recentes (por exemplo, 2009, 2011 e 2012) sugerem uma quebra de estrutura, no sentido de reduzir a dinâmica de investimento para o mesmo nível de crédito concedido.3 Neste sentido, os anos de 2003 e 2009 são exemplo de uma variação de investimento semelhante à prevista para 2013 (entre -7 e -8,6%), mas nestes anos esteve associado um aumento dos empréstimos concedidos na ordem dos 5%.4 Deste modo, a persistência de uma trajetória de contração no crédito concedido apresenta-se como um risco para a evolução do investimento. Adicionalmente, a deterioração das expectativas sobre as condições de procura quer nos mercados internos quer

2 Corresponde à média das variações anuais em Janeiro (-6%), Fevereiro (-6,2%), e Março (-4,9%). 3 De acordo com informação da autoridade monetária, atualmente não existe uma restrição de oferta, mas o que estará a condicionar a evolução do crédito será a perceção dos bancos sobre o risco. 4 Para uma análise mais detalhada dos determinantes do investimento seria necessário ter em consideração outros fatores, tais como as taxas de juro, a distinção entre investimento empresarial e público e o setor de atividade.

Face ao Banco de Portugal

Face à Comissão Europeia

Face à OCDE

PIB Óptica de DespesaPIB -2.3 -2.3 -2.3 -2.7 0.0 0.0 0.4

Consumo Privado -3.2 -3.8 -3.3 -4.0 0.6 0.1 0.8Consumo Público -4.2 -2.4 -4.2 -3.9 -1.8 0.0 -0.3Investimento -7.6 -7.1 -7.6 -10.6 -0.5 0.0 3.0Exportações 0.8 2.2 0.9 1.4 -1.4 -0.1 -0.6Importações -3.9 -2.9 -3.9 -3.1 -1.0 0.0 -0.8

Contributos para o crescimento do PIBProcura Interna -4.1 -4.2 -4.2 -4.5 0.1 0.1 0.4Exportações Líquidas 1.8 1.9 1.9 1.8 -0.1 -0.1 0.0

Desemprego e PreçosTaxa de desemprego 18.2 - 18.2 18.2 - 0.0 0.0Inflação (IPC/IHPC)4 0.7 0.7 0.7 0.0 0.0 0.0 0.7Deflator do PIB 1.8 - 1.8 -0.4 - 0.0 2.2

Diferenças (em p.p.)

OER/2013Banco de Portugal1

Comissão Europeia2

OCDE3

II SÉRIE-A — NÚMERO 148_______________________________________________________________________________________________________________

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