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17 | II Série A - Número: 138 | 1 de Julho de 2014

Economia Portuguesa e Finanças Públicas: Evolução I. ECONOMIA PORTUGUESA E FINANÇAS PÚBLICAS: EVOLUÇÃO I.1. Enquadramento Internacional Em 2013, assistiu-se a um abrandamento da economia mundial, tendo o crescimento do PIB sido de 2,9% (3,2% em 2012), com destaque para a continuação de um reduzido crescimento das economias avançadas (apesar de uma melhoria gradual ao longo da segunda metade do ano) e para um menor dinamismo dos países emergentes e em desenvolvimento, refletindo a desaceleração da procura externa, preços de matérias-primas mais baixos, políticas económicas menos expansionistas e receios quanto à estabilidade financeira nalguns destes países.
No decurso do ano de 2013, a incerteza associada às perspetivas económicas mundiais manteve-se elevada devido, no caso dos EUA, à indefinição do acordo de médio prazo de alteração do teto da dívida pública e dos possíveis efeitos da redução de estímulos monetários por parte da Reserva Federal (tapering of quantitative easing) na volatilidade e instabilidade dos mercados financeiros internacionais. Em consequência da orientação de uma política monetária futura menos expansionista nos EUA, surgiram, a partir do verão de 2013, alguns sinais de alguma instabilidade financeira dos países emergentes e em desenvolvimento sobretudo naqueles que apresentam um défice externo mais elevado (casos da Índia, Indonésia e Brasil). Estes sinais conduziram à saída de capitais, depreciações cambiais e aumento dos seus custos de financiamento, contribuindo para um crescimento menos forte dessas economias.
Após uma recessão iniciada no final de 2011 e que se prolongou até ao primeiro trimestre de 2013, a economia da área do euro retomou o seu crescimento nos trimestres seguintes, dada a evolução favorável dos indicadores de confiança, à diminuição da incerteza e dos riscos financeiros globais associados à dívida soberana devido aos progressos alcançados em torno da construção da União Bancária Europeia e à aplicação de medidas não convencionais de política monetária através do BCE. Estes desenvolvimentos permitiram reduzir o risco de fragmentação da área do euro, uma vez que resultaram na melhoria das condições de financiamento nos mercados internacionais e na diminuição dos prémios de risco, com especial impacto nos países periféricos mais atingidos pela crise das dívidas soberanas.
Com efeito, em 2013: o diferencial de rendibilidade das taxas de juro de longo prazo dos países periféricos da área do euro face à Alemanha apresentou uma redução expressiva; os índices bolsistas internacionais evoluíram favoravelmente; a taxa de câmbio do euro face ao dólar apreciou-se para


Conta Geral do Estado de 2013

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