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74 | II Série A - Número: 015 | 10 de Outubro de 2014

mulher  mãe,  mas  também  nas  empresas  e,  se  pensadas  e  concebidas  de  forma  
inovadora  e  “fora  da  caixa”,  devem  ser  neutras  a  nível  financeiro.  É,  por  exemplo,  
o  que  se  pretende  com  a  proposta  de  medida  “Substituição  da  mãe  durante  um  
ano,  após  o  período  de  Licença  Parental”,  em  que  se  visa  garantir  à  mãe  mais  
tempo  para  o  seu  filho  e,  pela  sua  substituição  na  empresa,  oportunidades  de  
trabalho  a  um  desempregado,  e  à  empresa  quem  realize  o  trabalho.  Tudo  sem  
custo   financeiro   para   nenhum   dos   intervenientes:   a   mãe,   o   desempregado,   a  
empresa  e  o  Estado/contribuintes  
É   importante   que   se   implementem   medidas   de   ação   e   medidas   de  
sensibilização.   Sensibilizar   empresas   e   trabalhadores   para   a   importância   da  
harmonização  responsável  do  trabalho  com  a  família  é  fundamental,  pois  um  
trabalhador   “sem   tempo”   e   preocupado   com   os   seus   filhos   é   um   trabalhador  
pouco   produtivo,   “fisicamente   presente”   mas   “emocionalmente   ausente”.  
Acreditamos  em  princípios  como  os  da  reciprocidade  e  complementaridade,  que  
pais   aprendem   na   família   a   gerir   recursos,   conhecimentos   que   aplicam   na  
empresa,  e  que  nesta  aprendem  princípios  de  gestão  e  trabalho  em  equipa  que  
aplicam  na  família,  num  processo  contínuo  de  melhoria,  pessoal  e  profissional.  
Entendemos   que   é   importante   que   as   empresas   que   apostam   na  
flexibilização,   na   partilha   de   empregos,   e   na   criação   de   ações   que   beneficiem  
efetivamente  os  seus  trabalhadores  -­‐  e  a  estes  enquanto  pais  nada  mais  beneficia  
que  a  maior  e  melhor  harmonização  do  trabalho  com  a  sua  vida  familiar  -­‐  estão  a  
criar  condições  para  um  maior  compromisso  destes  para  com  os  objectivos  da  
empresa.  Ações  como  sejam,  por  exemplo,   aquelas  que  visam  a  promoção  do  
trabalho  em  part-­‐time,  ou  em  job  sharing,  o  não  marcar  reuniões  por  sistema  a  
partir   de   determinada   hora,   o   criar   horários   especiais   para   responder   a  
necessidades   especiais   de   alguns   dos   seus   trabalhadores,   o   possibilitar   a   pais  
trabalharem  em  casa  na  tarde  de  4 F,  quando  filhos  não  têm  aulas,  o  possibilitar  
estágios  de  verão  na  empresas  a  filhos  de  trabalhadores  e  apoiá-­‐los  nos  estudos,  
etc,  em  vez  de  se  criarem  medidas  “ad  hoc”,  muitas  vezes  bem-­‐intencionadas  e  
custosas   para   as   empresas   mas   que   apenas   indispõe   os   trabalhadores,   pelos  
problemas  que  lhes  causam  na  conciliação  do  trabalho  com  a  sua  vida  familiar.