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II SÉRIE-A — NÚMERO 133 52

Outros locais de interesse turístico: Boavista

Gastronomia: Arroz de Forno e vinho verde

Artesanato: Mantas de Retalho

Colectividades: Centro Cultural Recreativo de Santo Isidoro, Movimento da Juventude.

Sobranceira ao rio Tâmega, aí está a Freguesia de Santo Isidoro, por isso mesmo também designada de

Riba Tâmega. Ocupa as vertentes dos montes de Santa Cruz, estando delimitada por Toutosa, Sobretâmega,

Vila Caíz (Amarante) e pelo rio.

Encontra-se a quatro quilómetros da sede do concelho.

A instituição paroquial de Santo Isidoro ocorreu depois do século XIII, já que até então não é citada entre as

povoações que constituíam o julgado ou circunscrição administrativa de Santa Cruz de Riba Tâmega, ao qual o

concelho pertenceu até 1855.

Um hagiotopónimo, Santo Isidoro, presente no nome da Freguesia. Porventura ligado a cultos pagãos muito

antigos. Aliás, a topografia confirma a antiguidade do seu povoamento. A sede da paróquia ocupa o cume de

um monte de grande declive, rodeado pelo Tâmega e por um ribeiro afluente dele.

Perto do lugar de Bouças, existe o chamado Penedo da Moura, uma grande pedra que parece ter sido uma

anta, há muito desmantelada. Em redor, vestígios de povoamento castrejo (Toutosa) e de ocupação romana

(Canaveses).

Santo Isidoro teve os privilégios de beetria, raros nas honras do nosso país. Terá sido seu senhor Egas

Moniz, o célebre aio de D. Afonso Henriques, que também possuía a beetria de Canaveses e a de Tuías. O

título poderá ter derivado do facto de estar senhorialmente anexo a Canaveses.

Uma carta de D. Manuel I, de Julho de 1497, afirma-o claramente: "beetria e vila de Canaveses com as

honras e lugares a ela anexos". Alguns autores pensam, no entanto, que este privilégio de beetria, findado em

1550 por ordem de D. João III (depois da morte de D. Jorge, sobrinho de D. Manuel I), foi sempre pouco mais

do que ilusório.

Em 1809, sofreu Santo Isidoro de Riba-Tâmega os efeitos da segunda revolução francesa. Foi no lugar do

Paço que decorreu uma sangrenta batalha entre as tropas gaulesas e portuguesas. Nesse local, foi colocada

uma cruz sobre dois penedos sobrepostos, em memória do acontecimento.

Do património cultural desta Freguesia, ressalta, inevitavelmente, a Igreja Matriz, um dos melhores

exemplares de românico rural do concelho. Templo pequeno, cujo interior apresenta três altares, uma excelente

imagem do Padroeiro, escultura de Teixeira Lopes oferecida em 1898 a Azevedo Maia, o pároco da Freguesia,

e um conjunto de frescos de grande beleza com a assinatura "Moraes", provavelmente o autor dos trabalhos.

O exterior da igreja é semelhante aos monumentos deste estilo, linhas sóbrias, bem proporcionadas e muito

simples. É constituída por duas partes quadrangulares, a da nave e a da cabeceira. O portal principal apresenta

duas ordens de colunas, que sustentam a arcatura, levemente apontada. Sobrepujando a porta, em vez da

habitual rosácea, um olho de boi.

Toda a decoração é, aqui, extremamente simples, tanto no exterior como no interior.

A Casa da Boavista, pertencente a uma família de grandes tradições, ostenta no interior um brasão d'armas,

num painel de azulejaria. Foi restaurada recentemente e aproveitada para Turismo de Habitação.

A indústria, atualmente, é a atividade mais importante desta Freguesia, ocupando 57% da sua população

ativa. Viviam aqui, segundo dados de 2011, 1.495 habitantes.

Conscientes da sua forte identidade, os habitantes da freguesia, em Assembleia, manifestaram

veementemente a sua discordância pela decisão de agregar/anexar a sua freguesia à de Toutosa, tendo os

membros da assembleia de freguesia rejeitado esta decisão.

Na Assembleia Municipal de 8 de Outubro de 2012, convocada com o fim de discutir a reorganização

administrativa do concelho, os representantes das freguesias de Santo Isidoro e Toutosa votaram contra a

resolução da sua agregação.

Perante o que foi exposto, há um claro desprezo pela vontade dos habitantes destas duas freguesias,

ignorando a sua realidade histórica, cultural e a manifesta vontade expressa em assembleias democráticas.

A extinção de freguesias protagonizada pelo Governo e por PSD e CDS-PP assenta no empobrecimento do

nosso regime democrático. Envolto em falsos argumentos como a eficiência e coesão territorial, a extinção de

freguesias conduziu à perda de proximidade, à redução de milhares de eleitos de freguesia e à redução da